Desafio Weekend 01 – Língua Portuguesa – Elementos da comunicação - 26/03/2022

26 de março de 2022

MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM

  • COMPETÊNCIA DE ÁREA 7

Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

  • HABILIDADE 22

Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.

QUESTÃO 01

(ENEM/2020-Adaptada) Leia o texto a seguir.

Disponível em: www.ricmais.com.br. Acesso em: 10 nov. 2011.

De acordo com as intenções comunicativas e os recursos linguísticos que se destacam, determinadas funções são atribuídas à linguagem. A função que predomina nesse texto é a conativa, uma vez que ele

(A) atua sobre o interlocutor, procurando convencê- lo a realizar sua escolha de maneira consciente. (B) coloca em evidência o canal de comunicação pelo uso das palavras “corrige” e “confirma”.
(C) privilegia o texto verbal, de base informativa, em detrimento do texto não verbal.
(D) usa a imagem como único recurso para interagir com o público a que se destina.
(E) evidencia as emoções do enunciador ao usar a imagem de uma criança.

QUESTÃO 02

Leia o texto a seguir.

“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar, porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
(Cora Coralina)

No texto, a função emotiva da linguagem pode ser identificada por meio da característica indicada em

(A) objetividade da informação transmitida, ausentando-se juízo de valor sobre o tema.
(B) emprego de formas verbais no pretérito, mantendo uma relação comparativa entre o eu passado e o eu presente.
(C) evidência do código reproduzido por meio dele próprio, esclarecendo o assunto principal.
(D) mensagem centrada no emissor, deixando claro seus anseios e suas percepções sobre a própria vida.
(E) presença de marcas de interlocução, legitimando o canal de comunicação.

QUESTÃO 03

(ENEM/2018-Adaptada) Leia o texto a seguir.

Deficientes visuais já podem ir a algumas salas de cinema e teatros para curtir, em maior intensidade, as atrações em cartaz. Quem ajuda na tarefa é o aplicativo Whatscine, recém-chegado ao Brasil e disponível para os sistemas operacionais iOS (Apple) ou Android (Google). Ao ser conectado à rede wi-fi de cinemas e teatros, o app sincroniza um áudio que descreve o que ocorre na tela ou no palco com o espetáculo em andamento: o usuário, então, pode ouvir a narração em seu celular.

O programa foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade Carlos III, em Madri. “Na Espanha, 200 salas de cinema já oferecem o recurso e filmes de grandes estúdios já são exibidos com o recurso do Whatscine!”, diz o brasileiro Luis Mauch, que trouxe a tecnologia para o país. “No Brasil, já fechamos parceria com a São Paulo Companhia de Dança para adaptar os espetáculos deles! Isso já é um avanço. Concorda?”

Disponível em: http//veja.abril.com.br. Acesso em: 25 jun. 2014 (adaptado).

Por ser múltipla e apresentar peculiaridades de acordo com a intenção do emissor, a linguagem apresenta funções diferentes. Nesse fragmento, predomina a função referencial da linguagem, porque há a presença de elementos que

(A) buscam convencer o leitor, incitando o uso do aplicativo.
(B) definem o aplicativo, revelando o ponto de vista da autora.
(C) evidenciam a subjetividade, explorando a entonação emotiva.
(D) expõem dados sobre o aplicativo, usando linguagem denotativa.
(E) objetivam manter um diálogo com o leitor, recorrendo a uma indagação.

QUESTÃO 04

(ENEM/2017-Adaptada) Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o que o uso idiomático estabilizou e consagrou.

LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989.

TEXTO II

Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie – nem sequer mental ou de sonho –, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros.

Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.

PESSOA, F. O livro do desassossego. São Paulo: Brasiliense, 1986.

A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina nos textos I e II

(A) destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação e sonoridade do texto.
(B) coloca o foco no “com o que” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu próprio objeto.
(C) focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões pessoais.
(D) orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu comportamento.
(E) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas.

QUESTÃO 05

(ENEM/2015-Adaptada) Leia o texto a seguir. Perder a tramontana

A expressão ideal para falar de desorientados e outras palavras de perder a cabeça

É perder o norte, desorientar-se. Ao pé da letra, “perder a tramontana” significa deixar de ver a estrela polar, em italiano stella tramontana, situada do outro lado dos montes, que guiava os marinheiros antigos em suas viagens desbravadoras.

Deixar de ver a tramontana era sinônimo de desorientação. Sim, porque, para eles, valia mais o céu estrelado que a terra. O Sul era região desconhecida, imprevista; já o Norte tinha como referência no firmamento um ponto luminoso conhecido como a estrela Polar, uma espécie de farol para os navegantes do Mediterrâneo, sobretudo os genoveses e os venezianos. Na linguagem deles, ela ficava transmontes, para além dos montes, os Alpes. Perdê-la de vista era perder a tramontana, perder o Norte. No mundo de hoje, sujeito a tantas pressões, muita gente não resiste a elas e entra em parafuso.
Além de perder as estribeiras, perde a tramontana…

COTRIM, M. Língua Portuguesa, n. 15, jan. 2007.

Nesse texto, o autor remonta às origens da expressão “perder a tramontana”. Ao tratar do significado dessa expressão, utilizando a função referencial da linguagem, o autor busca

(A) apresentar seus indícios subjetivos.
(B) convencer o leitor a utilizá-la.
(C) expor dados reais de seu emprego.
(D) explorar sua dimensão estética.
(E) criticar sua origem conceitual.