Desafio Weekend 07 – História – Pluralidade Cultural - 14/05/2022

14 de maio de 2022

MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM

  • COMPETÊNCIA DE ÁREA  1

Compreender os elementos culturais que constituem as identidades.

  • HABILIDADES

H1 – Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.

H2 – Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.

H3 – Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.

H4 – Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.

QUESTÃO 01  

(ENEM/2018-Adaptada) Atenção ao texto a seguir.

Outra importante manifestação das crenças e tradições africanas na Colônia eram os objetos conhecidos como “bolsas de mandinga”. A insegurança tanto física como espiritual gerava uma necessidade generalizada de proteção: das catástrofes da natureza, das doenças, da má sorte, da violência dos núcleos urbanos, dos roubos, das brigas, dos malefícios de feiticeiros etc. Também para trazer sorte, dinheiro e até atrair mulheres, o costume era corrente nas primeiras décadas do século XVIII, envolvendo não apenas escravos, mas também homens brancos.

CALAINHO, D. B. Feitiços e feiticeiros. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013 (adaptado).

A prática histórico-cultural de matriz africana descrita no texto representava um/uma

(A) expressão do valor das festividades da população pobre.
(B) ferramenta para submeter os cativos ao trabalho forçado.
(C) estratégia de subversão do poder da monarquia portuguesa.
(D) elemento de conversão dos escravos ao catolicismo romano.
(E) instrumento para

QUESTÃO 02   

(ENEM/2019-Adaptada) Leia os textos a seguir.

TEXTO I

É amplamente conhecida a grande diversidade gastronômica da espécie humana. Frequentemente, essa diversidade é utilizada para classificações depreciativas. Assim, no início do século, os americanos denominavam os franceses de “comedores de rãs”. Os índios kaapor discriminam os timbiras chamando-os pejorativamente de “comedores de cobra”. E a palavra potiguara pode significar realmente “comedores de camarão”. As pessoas não se chocam apenas porque as outras comem coisas variadas, mas também pela maneira que agem à mesa. Como utilizamos garfos, surpreendemo-nos com o uso dos palitos pelos japoneses e das mãos por certos segmentos de nossa sociedade.

LARAIA, R. Cultura: um conceito antropológico. São Paulo: Jorge Zahar, 2001 (adaptado).

TEXTO II

“Faz parte da natureza humana enxergar os “outros” a partir de nossos próprios modelos e concepções. Quando nos referimos a povos, ou a culturas, esse fenômeno é conhecido como etnocentrismo (etno – povo ou etnia / centrismo – o ato de se colocar como centro com relação a outros povos e a outras etnias). Esse termo é usado pela antropologia como uma noção que nos ajuda a entender e a relativizar essa tendência que temos de, ao nos compararmos com outros povos, nos colocarmos como o centro, como referência e como modelo mediante o qual enxergamos esses outros”.

LEITÃO, Rosani Moreira. Patrimônio, Direitos Culturais e Cidadania. Módulo I. p. 6. Disponível em: https://cutt.ly/TFeQOX5. Acesso em: 05 abr. 2022.

O processo de estranhamento citado, com base em um conjunto de representações que grupos ou indivíduos formam sobre outros, tem como causa o/a

(A) reconhecimento mútuo entre povos.
(B) etnocentrismo recorrente entre populações.
(C) comportamento hostil em zonas de conflito.
(D) constatação de agressividade no estado de natureza.
(E) transmutação de valores no contexto da modernidade.

QUESTÃO 03   

(ENEM/2020-Adaptada) Examine o fragmento a seguir.

Um dos resquícios franceses na dança são os comandos proferidos pelo marcador da quadrilha. Seu papel é anunciar os próximos passos da coreografia. O abrasileiramento de termos franceses deu origem, por exemplo, ao saruê (soirée — reunião social noturna, ordem para todos se juntarem no centro do salão), anarriê (en arrière – para trás) e anavã (en avant – para frente).

Disponível em: www.ebc.com.br. Acesso em: 06 jul. 2015.

A característica apresentada dessa manifestação popular resulta do seguinte processo sociohistórico:

(A) massificação da arte erudita.
(B) rejeição de hábitos elitistas.
(C) laicização dos rituais religiosos.
(D) restauração dos costumes antigos.
(E) apropriação de práticas estrangeiras.

QUESTÃO 04   

(ENEM/2012-Adaptada) Leia o texto a seguir.

Famoso por ser o encantador de viúvas da cidade de Cabaceiras, na Paraíba, Zé de Sila é um contador de histórias parecido com o personagem Chicó, do Auto da Compadecida. Ele defende veementemente que a oração da avó sustentava mais a chuva. “Quando era pequeno e chovia por aqui, ajudava minha avó colocando os pratos emborcados no terreiro para diminuir o vento. Ela fazia isso e rezava para a chuva durar mais”, diz Zé de Sila.

GALDINO, V.; BARBOSA, R. C. Artistas por um dia? João Pessoa: Editora Universitária, 2009.

Ao destacar expressões e vivências populares do cotidiano, quais aspectos da diversidade regional o texto mobiliza?

(A) Alianças afetivas conectadas ao ritual matrimonial.
(B) Práticas místicas associadas ao patrimônio cultural.
(C) Manifestações teatrais atreladas ao imaginário político.
(D) Narrativas fílmicas relacionadas às intempéries climáticas.
(E) Argumentações literárias interligadas às catástrofes ambientais.

QUESTÃO 05  

(ENEM/2015-Adaptada) Leia o texto a seguir.

A língua de que usam, por toda a costa, carece de três letras; convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não têm Fé, nem Lei, nem Rei, e dessa maneira vivem desordenadamente, sem terem além disto conta, nem peso, nem medida.

GÂNGAVO, P. M. de. A primeira história do Brasil: história da província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 2004 (adaptado).

A observação do cronista português Pero de Magalhães de Gângavo, em 1576, sobre a ausência das letras F, L e R na língua mencionada demonstra a

(A) simplicidade da organização social das tribos brasileiras.
(B) dominação portuguesa imposta aos índios no início da colonização.
(C) superioridade da sociedade europeia em relação à sociedade indígena.
(D) incompreensão dos valores socioculturais indígenas pelos portugueses.
(E) dificuldade experimentada pelos

https://youtu.be/DsMDbHqmDMs