Desafio Weekend 17 – História – Bicentenário da Independência do Brasil e o I Reinado. - 07/09/2022

07 de setembro de 2022

  • COMPETÊNCIA DE ÁREA 7

Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.

  • HABILIDADE 22

H14 – Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.

QUESTÃO 01  

(ENEM/2021-adaptada) Atenção ao texto a seguir.

Por que o Brasil continuou um só enquanto a América espanhola se dividiu em vários países?

Para o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, no Brasil, parte da sociedade era muito mais coesa ideologicamente do que a espanhola. Carvalho argumenta que isso se deveu à tradição burocrática portuguesa. “Portugal nunca permitiu a criação de universidades em sua colônia”. Por outro lado, na América espanhola, entre 1772 e 1872, 150 mil estudantes se formaram em universidades locais. Para o historiador mexicano Alfredo Ávila Rueda, as universidades na América espanhola eram, em sua maioria, reacionárias. Nesse sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre circulação de impressos (jornais, livros e panfletos) na América espanhola, que não era permitida na América portuguesa (a proibição só foi revertida em 1808), teve função muito mais importante na construção de regionalismos do que propriamente as universidades.

BARRUCHO, L. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 set. 2019 (adaptado).

Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são divergentes em relação ao

(A) papel desempenhado pelas instituições de ensino na criação das múltiplas identidades.
(B) controle exercido pelos grupos de imprensa na centralização das esferas administrativas.
(C) abandono sofrido pelas comunidades de docentes na concepção de coletividades políticas.
(D) lugar ocupado pelas associações de acadêmicos no fortalecimento das agremiações estudantis.
(E) protagonismo assumido pelos meios de comunicação no desenvolvimento das nações alfabetizadas.

QUESTÃO 02

(ENEM/2016) Atenção ao exposto.

É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho.

Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.

As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822.

Essa comemoração está diretamente relacionada com

(A) a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.
(B) o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 1822.
(C) os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da escravidão.
(D) o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país.
(E) a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência da Corte para o Rio de Janeiro

QUESTÃO 03

Observe atentamente o quadro de Pedro Américo,

“Independência ou Morte”.

Disponível em https://cutt.ly/tnAibPP Acesso em: 11 jun. 2021.

Considerando a observação da pintura, assinale a alternativa correta sobre esta obra.

(A) A pintura exalta a figura de Dom Pedro I como o único protagonista do processo emancipatório brasileiro.
(B) A obra não teve nenhuma importância na construção do imaginário brasileiro, ao permanecer oculta durante quase todo o século XX.
(C) A função do quadro era apenas decorativa, pois se tratava de uma encomenda de Dom Pedro II para conservar a memória do pai.
(D) A pintura é extremamente fantasiosa, pois o dito fato, na realidade, não ocorreu.
(E) A pintura é crítica, e deprecia a imagem de D. Pedro I ao evidenciar cena vexatória e constrangedora perante o povo

QUESTÃO 04

(ENEM/2012) Leia o texto para responder à atividade.

Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros”apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas.

VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado).

Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela

(A) estímulos ao racismo.
(B) apoio ao xenofobismo.
(C) críticas ao federalismo.
(D) repúdio ao republicanismo.
(E) questionamentos ao autoritarismo.

QUESTÃO 05

(ENEM/2010-adaptada) Analise o fragmento a seguir.

Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos “barões do café”, para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro.

O contexto do Período Regencial foi marcado

(A) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia.
(B) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central.
(C) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de vida.
(D) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos “barões do café”.
(E) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas realidades sociais.