Desafio Weekend 19 – Educação Física – O Futebol Patrimônio Cultural Do Brasil - 21/09/2022

21 de setembro de 2022

MATRIZ DE REFERÊNCIA DO ENEM

  • COMPETÊNCIA DE ÁREA 4

Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própra vida, integradora social e formadora da identidade.

  • HABILIDADE

Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos..

QUESTÃO 01  

(INEP – ENEM/2017) A ascensão social por meio do esporte mexe com o imaginário das pessoas, pois em poucos anos um adolescente pode se tornar milionário caso tenha um bom desempenho esportivo. Muitos meninos de famílias pobres jogam com o objetivo de conseguir dinheiro para oferecer uma boa qualidade de vida à família. Isso aproximou mais ainda o futebol das camadas mais pobres da sociedade, tornando-o cada vez mais popular. Acontece que esses jovens sonham com fama e dinheiro, enxergando no futebol o único caminho possível para o sucesso. No entanto, eles não sabem da grande dificuldade que existe no início dessa jornada em que a minoria alcança a carreira profissional. Esses garotos abandonam a escola pela ilusão de vencer no futebol, à qual a maioria sucumbe. O caminho até o profissionalismo acontece por meio de um longo processo seletivo que os jovens têm de percorrer. Caso não seja selecionado, esse atleta poderá ter que abandonar a carreira involuntariamente por falta de uma equipe que o acolha. Alguns podem acabar em subempregos, à margem da sociedade, ou até mesmo em vícios decorrentes desse fracasso e dessa desilusão. Isso acontece porque no auge da sua formação escolar e na condição juvenil de desenvolvimento, eles não se preparam e não são devidamente orientados para buscar alternativas de experiências mais amplas de ocupação fora e além do futebol. BALZANO, O. N.; MORAIS, J. S. A formação do jogador de futebol e sua relação com a escola.

EFDeportes, n. 172, set. 2012 (adaptado).

Ao abordar o fato de, no Brasil, muitos jovens depositarem suas esperanças de futuro no futebol, o texto critica o(a)

(A) despreparo dos jogadores de futebol para ajudarem suas famílias a superar a miséria.
(B) garantia de ascensão social dos jovens pela carreira de jogador de futebol.
(C) falta de investimento dos clubes para que os atletas possam atuar profissionalmente e viver do futebol.
(D) investimento reduzido dos atletas profissionais em sua formação escolar, gerando frustração e desilusão profissional no esporte.
(E) despreocupação dos sujeitos com uma formação paralela à esportiva, para habilitá-los a atuar em outros setores da vida.

QUESTÃO 02

(INEP – ENEM/2014) A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. Ao mesmo tempo em que o esporte se tornou indústria, foi desterrando a beleza que nasce da alegria de jogar só pelo prazer de jogar. Neste mundo do fim do século, o futebol profissional condena o que é inútil, o que não é rentável, ninguém ganha nada com esta loucura que faz com que o homem seja menino por um momento, jogando como menino que brinca com o balão de gás e como o gato que brinca com o novelo de lã: bailarino que dança com uma bola leve como o balão que sobe ao ar e o novelo que roda, jogando sem saber que joga, sem motivo, sem relógio e sem juiz. O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra. Porto Alegre: L&PM, 1995.

As transformações que marcam a trajetória histórica do futebol, especialmente aquelas identificadas no texto, se caracterizam pelo(a)

(A) redução dos níveis de competitividade, o que tornou o futebol um esporte mais organizado e mundialmente conhecido.
(B) processo de mercadorização e espetacularização que tem possibilitado o crescimento do número dos praticantes e dos espaços usados para sua prática.
(C) redução às formas mais padronizadas, seguida de uma crescente tendência ao aparecimento de regionalismos na forma de vivenciar a prática do futebol.
(D) tendência de desaparecimento de sentidos sociais e estéticos, característicos nos jogos e nas brincadeiras populares.
(E) processo de espetacularização e elevação dos indicadores estéticos do futebol, resultado da aplicação dos avanços científicos e tecnológicos.

QUESTÃO 03

(INEP – ENEM 2018) A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. […] O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou num dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia. Por sorte ainda aparece nos campos, […] algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público das arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade. GALEANO, E. Futebol ao sol e à sombra. Porto Alegre: L&PM, 1995. O texto indica que as mudanças nas práticas corporais, especificamente no futebol,

(A) fomentaram uma tecnocracia, promovendo uma vivência mais lúdica e irreverente.
(B) promoveram o surgimento de atletas mais habilidosos, para que fossem inovadores.
(C) incentivaram a associação dessa manifestação à fruição, favorecendo o improviso.
(D) tornaram a modalidade em um produto a ser consumido, negando sua dimensão criativa.
(E) contribuíram para esse esporte ter mais jogadores, bem como acompanhado de torcedores.

QUESTÃO 04

(CESGRANRIO – INEP – ENEM/2002) Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica “A alegria de ser brasileiro”, do dramaturgo Nelson Rodrigues, publicada naquele ano pelo jornal Última Hora. “Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam. Convenhamos que a seleção as merece. Merece por tudo: não só pelo futebol, que foi o mais belo que os olhos mortais já contemplaram, como também pelo seu maravilhoso índice disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e de uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o Mundial. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam botinadas em penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente dentro dos limites rígidos da esportividade. Então, se verificou o seguinte: o inglês, tal como o concebíamos, não existe. O único inglês que apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos motivos, vamos perder a vergonha (…), vamos sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria ser brasileiro, amigos”. Além de destacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues quis dizer que o comportamento dos jogadores dentro do campo

(A) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a perder a conquista da copa do mundo.
(B) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualidades que admiravam nos europeus, principalmente nos ingleses.
(C) ressaltou o sentimento de inferioridade dos jogadores brasileiros em relação aos europeus, o que os impediu de revidar as agressões sofridas.
(D) mostrou que o choro poderia aliviar o sentimento de que os europeus eram superiores aos brasileiros.
(E) mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus, podendo comportar-se como eles, que não respeitavam os limites da esportividade.

QUESTÃO 05

(INEP – ENEM/2011) O esporte de alto rendimento envolve atividades físicas de caráter competitivo, no qual os atletas competem consigo mesmos ou com outros, sujeitando-se a regras preestabelecidas aprovadas pelos organismos internacionais ou nacionais de cada modalidade. As grandes competições são reservadas aos grandes talentos e possibilitam a promoção de espetáculos que

(A) geram modelos de atletas, que passam a ser exemplos seguidos por jovens e crianças.
(B) permitem aos espectadores assistirem às partidas, fazendo parte de equipes.
(C) minimizam as possibilidades de participação e procura pelas práticas esportivas.
(D) incentivam o abandono das práticas esportivas, além do sedentarismo nos indivíduos.
(E) possibilitam aos espectadores desenvolvimento tático e participação nas equipes.