Atividade para Nivelamento e Ampliação – 2º Período – Nível I – Língua Portuguesa – 1ª Série - 27/05/2022

27 de maio de 2022

  • HABILIDADE BNCC/HABILIDADE SAEGO 2021

(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequência; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.)

D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

D20 – Reconhecer formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema.

  • OBJETIVO DE APRENDIZAGEM – DC – GOEM

(GO-EMLP02B) Estruturar as partes de textos escritos e orais, estabelecendo as relações adequadas, considerando a composição presente na disseminação das práticas culturais contemporâneas, no estilo e na sua funcionalidade em diferentes situações de uso para desenvolver as relações de textualidade e de interdiscursividade.

  • OBJETO DE CONHECIMENTO

Textualidade: estrutura do texto. Coesão: conjunções, preposição e pronomes, advérbios (referentes e referenciais, elementos de coesão). Estrutura (textos híbridos e multissemióticos). Tema/assunto, fato e opinião.

01     

Leia o trecho do conto ‘Gaetaninho” de Antônio de Alcântara Machado, a seguir.

– Cala a boca, palestrino!

– Traga a bola!

Gaetaninho saiu correndo. Antes de alcançar a bola um bonde o pegou. Pegou e matou.

No bonde vinha o pai de Gaetaninho.

A gurizada assustada espalhou a notícia na noite. 

– Sabe o Gaetaninho?

– Que é que tem?

– Amassou o bonde!

A vizinhança limpou com benzina suas roupas domingueiras.

Às dezesseis horas do dia seguinte saiu um enterro da Rua do Oriente e Gaetaninho não ia na boleia de nenhum dos carros do acompanhamento. Lá no da frente dentro de um caixão fechado com flores pobres por cima. Vestia a roupa marinheira, tinha as ligas, mas não levava a palhetinha.

Quem na boleia de um dos carros do cortejo mirim exibia soberbo terno vermelho que feria a vista da gente era o Beppino.”

Disponível em: https://tinyurl.com/2exc3b7v. Acesso em: 17 maio 2022.

a) Lugar onde se passa a história.

b) Protagonista (personagem principal).

c) condição socioeconômica das personagens.

d) diversão das crianças.

02

Leia o texto “A cigarra e a formiga” de Jean de La Fontaine, a seguir.

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta.
– No verão, em que lidavas?
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: – Eu cantava
Noite e dia, a toda hora.
– Oh, bravo! – torna a formiga.
– Cantavas? Pois dança agora.

Disponível em: https://tinyurl.com/3y63cf6d.Acesso em: 17mai.2022.

A versão da fábula “A cigarra e a formiga” está na forma de outro gênero textual.

a) Qual é esse gênero?

b) O que caracteriza esse gênero?

c) Pense em uma hipótese para explicar com qual finalidade a fábula foi escrita nesse gênero.

Leia o fragmento do poema de cordel, a seguir, e responda aos itens 03 e 04.

A escrava do dinheiro

Patativa do Assaré

Boa noite, home e menino
E muié desse lugá!
Quero que me dê licença
Para uma história contá.
Como matuto atrasado
Eu dêxo as línguas de lado
Pra quem as línguas aprenderam,
E quero a licença agora
Mode eu conto minha história
Com a língua que Deus me deu.

[…]

PATATIVA DO ASSARÉ.A escrava do dinheiro.Em: CARVALHO, Gilmar de
(org). Antologia poética patativa do Assaré.8. ed. Fortaleza: Edições Demócrito
rocha, 2010. p.36.

03  

Descreva a diferença de tratamento oferecido pelo eu lírico ao leitor-ouvinte.

04  

A linguagem apresentada é adequada a esse gênero textual? Justifique.

05  

Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Robôs inteligentes

Para os cientistas, robôs são máquinas planejadas para executar funções como se fossem pessoas. Os robôs podem, por exemplo, se movimentar por meio de rodas ou esteiras, desviar de obstáculos, usar garras ou guindastes para pegar objetos e transportá-los de um local para outro ou encaixá-los em algum lugar. Também fazem cálculos, chutam coisas e tiram fotos ou recolhem imagens de um ambiente ou de algo que está sendo pesquisado.

Hoje, já são utilizados para brincar, construir carros, investigar vulcões e até viajar pelo espaço bisbilhotando em outros planetas.

O grande desafio dos especialistas é criar robôs que possam raciocinar e consigam encontrar soluções para novos desafios, como se tivessem inteligência própria.

Disponível em: http://gg.gg/116sdc. Acesso em: 17 maio 2010.

TEXTO II

Robótica

Robótica é um ramo da tecnologia que engloba mecânica, eletrônica e computação, que atualmente trata de sistemas compostos por máquinas e partes mecânicas automáticas e controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados, controlados manualmente ou automaticamente por circuitos elétricos.

As máquinas, pode-se dizer que são vivas, mas, ao mesmo tempo, são uma imitação da vida, não passam de fios unidos e mecanismos, isso tudo junto concebe um robô. Cada vez mais as pessoas utilizam os robôs para suas tarefas.

Em breve, tudo poderá ser controlado por robôs. Os robôs são apenas máquinas: não sonham nem sentem e muito menos ficam cansados. Essa tecnologia, hoje adotada por muitas fábricas e indústrias, tem obtido de um modo geral, êxito em questões levantadas sobre a redução de custos, aumento de produtividade e os vários problemas trabalhistas com funcionários.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Rotica. Acesso em: 20 maio 2010.

Esses dois textos informam que os robôs

(A) imitam seres humanos.
(B) podem fazer cálculos.
(C) podem reduzir custos.
(D) são criados por homens.
(E) são extraterrestres.

06

Leia o texto a seguir.

Cajuína

Existirmos, a que será que se destina?
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que acaso a sina
Do menino infeliz não se nos ilumina
Tampouco turva-se a lágrima nordestina
Apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
A cajuína cristalina em Teresina.

Disponível em: www.caetano_veloso.cajuina.buscaletra.com.br. Acesso em: 05 maio 2022.

No verso “Pois quando tu me deste a rosa pequenina”, o termo destacado expressa a ideia de

(A) causa.
(B) lugar.
(C) modo.
(D) tempo.
(E) oposição.

Leia o fragmento da notícia publicada na internet em 18 de junho de 2020, e responda aos itens 07 e 08.

Covid -19: os planos e desafios dos países que estão reabrindo e suas escolas.

      Em Singapura, alunos limpam as próprias carteiras escolares e fazem um caminho predeterminado até suas salas de aula. Na França e na Coreia do Sul, algumas escolas reabertas tiveram de fechar, por conta de novos focos de covid-19. No Reino Unido, um dos países que reabriu as escolas recentemente, menos da metade dos alunos esperados apareceram na volta às aulas em algumas delas.

      A expectativa de retorno à escola traz sensações mistas de alívio e preocupação a muitos pais – prenunciando uma possível volta à rotina, mas também o medo de expor as crianças (e suas famílias) ao contágio pelo coronavírus[…]

Covid-19:os planos e desafios dos países que estão reabrindo suas escolas. UOL.Educação.18 jun. 2020.

07

Imagine que alguns pais de crianças brasileiras tivessem lido o fragmento da notícia de 18 de junho de 2020 antes das informações sobre a reabertura das escolas no Brasil. Qual seria a atitude provável desses pais em relação aos seus filhos?

08

Na notícia de 18 de junho de 2020, as experiências de vários países aparecem antes das opiniões dos pais das crianças. Que efeito tem a informação que aparece primeiro?

09

Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Monte Castelo

Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor, eu nada seria.

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade;
O amor é bom, não quer o mal,
Não sente inveja ou se envaidece.

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos,
Sem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É um não contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder.
É um estar-se preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É um ter com quem nos mata lealdade,
Tão contrário a si é o mesmo amor.

Legião Urbana. As quatro estações. EMI, 1989 – Adaptação de Renato Russo: I Coríntios 13 e So- neto 11, de Luís de Camões.

TEXTO II

Soneto 11

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Luís Vaz de Camões. Obras completas. Lisboa: Sá da Costa, 1971.

O texto I difere do texto II na

(A) constatação de que o amor pode levar até à morte.
(B) exaltação da dor causada pelo sofrimento amoroso.
(C) expressão da beleza do sentimento dos que amam.
(D) rejeição da aceitação passiva do sofrimento amoroso.
(E) expressão “não irei mais”.

10

Leia o texto a seguir.

O rei dos animais

Saiu o Leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas.

[…] Assim, o Leão encontrou o Macaco e perguntou: “Hei, você aí, Macaco – quem é o rei dos animais?”. O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: “Claro que é você, Leão, claro que é você!”. *

Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao Papagaio: “Currupaco, Papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?”. E como aos Papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o Papagaio: “Currupaco… não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?”.

Cheio de si, o Leão prosseguiu em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a Coruja e perguntou: “Coruja, não sou eu o maioral da mata?”. “Sim, és tu”, disse a Coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais lato de cabeça. Encontrou o Tigre. “Tigre – disse em voz de estentor –, eu sou o rei da floresta.

 Certo?”. O Tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: “Sim”. E rugiu ainda mais mal-humorado e já arrependido, quando o Leão se afastou.

Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o Elefante. Perguntou: “Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?”. O Elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensanguentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: “Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado”.

MORAL: Cada um tira dos acontecimentos a conclusão que bem entende.

* só depois pensaria: “Cada macaco no seu galho”.

FERNANDES, Millôr. Fábulas fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1991.

De acordo com esse texto, o Leão é

(A) sábio.
(B) mal-humorado.
(C) vaidoso.
(D) zangado.
(E) gentil.

11

Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Reinações de Narizinho

Numa casinha branca, lá no Sítio do Picapau Amarelo, mora uma velha de mais de sessenta anos. Chama-se Dona Benta. Quem passa pela estrada e a vê na varanda, de cestinha de costura ao colo e óculos de ouro na ponta do nariz, segue seu caminho pensando:

– Que tristeza viver assim tão sozinha neste deserto…

Mas engana-se. Dona Benta é a mais feliz das vovós, porque vive em companhia da mais encantadora das netas – Lúcia, a menina do narizinho arrebitado, ou Narizinho como todos dizem.

LOBATO, Monteiro. Disponível em: http://gg.gg/116smi. Acesso em: 31 mar. 2010. Fragmento.

TEXTO II

Sítio do Picapau amarelo

“Marmelada de banana, bananada de goiaba, goiabada de marmelo…”

Na TV, essa era a senha para o início da diversão. O mundo mágico de Monteiro Lobato e o seu Sítio do Picapau Amarelo era presença constante nas fantasias de milhares de crianças (e muitos adultos também!). Eu adorava! Não queria perder nem a abertura – ficava fascinada com a estrada que virava arco-íris… O difícil era esperar o dia seguinte pra ver o resto!

Disponível em: http://gg.gg/116smv. Acesso em: 31 mar. 2010.

Esses dois textos têm em comum

(A) a vida de Monteiro Lobato.
(B) as histórias de Narizinho.
(C) o lugar onde as histórias acontecem.
(D) os programas infantis na TV.
(E) os programas de suspense.

12

Leia o texto a seguir. 

Mercado do tempo

Natal já tá aí. O ano passou voando. É a vida, cada vez mais corrida. Vinte e quatro horas é pouco – precisava um dia maior para pôr tudo em dia.

Contra esses lugares-comuns, boa parte dos manuais prescreve doses regulares de priorização, planejamento, marketing, lembretes, listas e agendas, analógicos e digitais. Mas a ciência tem uma receita diferente: você não vai aprender a controlar seu tempo encarando um calendário. Antes, é necessário olhar para outros lugares. […] É no dia a dia que se revela nossa habilidade de cumprir planos.

Não é algo que você nasce sabendo. A forma como você gasta e às vezes ganha tempo é influenciada por fatores culturais, geográficos e econômicos. Tudo isso resulta na sua orientação temporal, uma fórmula pessoal de encarar passado, presente e futuro. Mas uma coisa vale para todos nós: o tempo passa. Melhor aprender seu ritmo, antes que ele acabe ultrapassando você.

URBIM, Emiliano. Superinteressante. Dez. 2010. p. 64-65. Fragmento. Esse texto trata principalmente da necessidade de

(A) administrar um calendário.
(B) aprender o ritmo do tempo.
(C) encontrar uma receita diferente.
(D) observar a corrida do tempo.
(E) aprender a canção.

13

Leia o texto a seguir

O filho do alfaiate chega para o pai lá no fundo da
loja e pergunta:

— O terno marrom encolhe depois de lavado?
— Por que você quer saber, filho?
— O freguês é quem quer saber.
— Ele já experimentou?
— Já.
— Ficou largo ou apertado?
— Largo.
— Então diz que encolhe.

ZIRALDO, Novas anedotinhas do Bichinho da maçã. 15. ed. São Paulo: Melhoramentos, 2005. p. 22). Fonte: Projeto (Con)seguir – Duque de Caxias – RJ.

Que valor semântico a palavra em destaque no último período do texto estabelece entre a oração anterior e a oração seguinte?

(A) adição.
(B) oposição.
(C) conclusão.
(D) explicação.
(E) adversidade.

14

Leia o texto a seguir.

Resumo da obra Dom Quixote

A história relata os feitos de um ingênuo e fidalgo cavaleiro medieval, Dom Quixote. Ao lado dele, estão seu cavalo Rocinante e seu fiel amigo e escudeiro: Sancho Pança.

Ávido leitor dos romances de cavalaria, Dom Quixote cria seu próprio mundo ao se lançar em diversas aventuras.

Ele vai em busca de justiça e de sua bela donzela imaginária (Dulcineia de Toboso), tal qual ocorriam nas novelas de cavalaria.

Ainda que muitas passagens sejam “invenção” de seu protagonista, o romance possui um caráter realista.

Vale notar que seu companheiro Sancho apresenta discursos mais coesos e realistas que seu protagonista.

O romance relata as histórias e peripécias vividas por Quixote e seu companheiro nas regiões espanholas: La Mancha, Aragão e Catalunha.

O grande valor humorístico de tais passagens é encontrado entre as fantasias e loucuras de seu protagonista e a dura realidade vivida.

Em meio a sua “loucura”, Quixote trava batalhas com moinhos de vento (que imaginou serem gigantes). Além disso, guerreia contra o “exército de ovelhas” (que resulta numa surra dos pastores do rebanho).

A novela acaba quando Dom Quixote volta ao “mundo real”, ou seja, quando ele retorna à casa e percebe que não há heróis no mundo.

Disponível em: https://www.todamateria.com.br/dom-quixote/. Acesso em: 21 maio 2022.

Quais informações estão contidas na introdução do texto?

15

Leia o fragmento a seguir.

“Cervantes cria nesse clássico da literatura um personagem inesquecível, imortalizado por leitores de todas as épocas. Quem nunca ouviu falar de Dom Quixote?”

Que informação podemos perceber nesse fragmento em relação ao estilo da linguagem?