Atividade para Nivelamento e Ampliação – 2º Período – Nível II – Língua Portuguesa – 1ª Série - 27/05/2022

27 maio de 2022

  • HABILIDADE BNCC/HABILIDADE SAEGO 2021

(EM13LP02) Estabelecer relações entre as partes do texto, tanto na produção como na leitura/escuta, considerando a construção composicional e o estilo do gênero, usando/reconhecendo adequadamente elementos e recursos coesivos diversos que contribuam para a coerência, a continuidade do texto e sua progressão temática, e organizando informações, tendo em vista as condições de produção e as relações lógico-discursivas envolvidas (causa/efeito ou consequência; tese/argumentos; problema solução; definição/exemplos etc.)

D1 – Localizar informações explícitas em um texto.

D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.

D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

D20 – Reconhecer formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema.

  • OBJETIVO DE APRENDIZAGEM – DC – GOEM

(GO-EMLP02B) Estruturar as partes de textos escritos e orais, estabelecendo as relações adequadas, considerando a composição presente na disseminação das práticas culturais contemporâneas, no estilo e na sua funcionalidade em diferentes situações de uso para desenvolver as relações de textualidade e de interdiscursividade.

  • OBJETOS DE CONHECIMENTO

Textualidade: estrutura do texto. Coesão: conjunções, preposição e pronomes, advérbios (referentes e referenciais, elementos de coesão). Estrutura (textos híbridos e multissemióticos). Tema/assunto, fato e opinião.

Leia o texto de Machado de Assis, a seguir, e responda às perguntas 01 e 02.

UM APÓLOGO

Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

– Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?

– Deixe-me, senhora.

– Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

– Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

– Mas você é orgulhosa.

– Decerto que sou.

– Mas por quê?

– É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

– Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e muito eu?

– Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados…

– Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e mando…

– Também os batedores vão adiante do imperador.

– Você é imperador?

– Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou à costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser.

Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana – para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

– Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.

A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E quando compunha o vestido da bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:

– Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

– Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça: – Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Disponível em: https://tinyurl.com/mrnpb5jk. Acesso em: 21maio 2022.

01  

Quais são as características moralmente inaceitáveis da linha?

02

O ensinamento dessa história corresponde ao seguinte provérbio:

(A) muito come o tolo, mas mais tolo é quem lhe dá.
(B) a palavra é de prata e o silêncio é de ouro.
(C) a palavras loucas, orelhas moucas.
(D) mais vale prevenir que remediar.
(E) melhor o pouco que nada.

03  

Leia o texto a seguir. 

O que significa Uhuru

[…]

Filho, esta história inteira, desde o início até o fim, é sobre o seu nome, o meu nome, e o nome de nossos antepassados desde a época de Muzamba. O povo de Muzamba falava uma língua chamada swahili.

[…]

No exato dia em que meu pai me contou por que eu me chamava Uhuru, decidi que meu filho teria o mesmo nome, mesmo que ele pareça tão estranho para quem não conhece esta história.

− Mas, pai, o que significa Uhuru, afinal?

− Você ainda não sabe? Tente adivinhar…

Uhuru parou e pensou. Olhou para cima e viu a lua cheia, brilhando e deixando a noite clara como nunca. Ouviu os grilos cantando no jardim, e os sapos coaxando na lagoa próxima. […] De longe, ele julgou ouvir um grito de um falcão, quando a resposta lhe veio à mente, escapando de sua boca quase como um grito.

− Liberdade!

− Muito bem, meu filho! Uhuru significa liberdade na língua swahili. […] LIBERDADE!

LOBÃO. Alexandre Santos. O que significa Uhuru. In: Uhuru – uma história de liberdade.Brasília: LGE Editora, 2009. p. 97-8. Fragmento.

No trecho “Ouviu os grilos cantando no jardim,…” (5° parágrafo), a expressão destacada exprime circunstância de

(A) causa.
(B) lugar.
(C) modo.
(D) tempo.
(E) consequência.

04  

Leia o texto a seguir.

AI SE EU TE PEGO PEGOU…

         Há tempos uma canção popular não fazia tanto sucesso como o hit chiclete Ai Se eu te Pego, interpretada pelo paranaense Michel Teló e de autoria de Sharon Acioly e Antonio Dyggs.

         Não bastasse o sucesso nacional da música, cujo videoclipe já ultrapassou 100 milhões de visualizações no YouTube, agora é a vez do refrão cair na na boca do público estrangeiro. Ai Se eu te Pego ganhou versao em ingles (Of If I Catch You), em polonês (Slodka, que significa “doce”), em italiano, e desbancou artistas como Adele, Rihana e o grupo Coldplay nas paradas de sucesso internacionais.

         O hit ganhou até uma paródia em hebraico, além de ter embalado a coreografia de soldados israelenses. De quebra, alunas brasileiras de um curso de fonoaudiologia resolveram verter a música para a lingual brasileira de sinais.

Revista Língua Portuguesa, ano 7, nº 76, fevereiro de 2012, p. 9.

Observe o trecho “O hit ganhou até uma paródia em hebraico, além de ter embalado a coreografia de soldados israelenses.”

O vocábulo em destaque no trecho transmite ideia de

(A) oposição.
(B) acréscimo.
(C) conclusão
(D) consequência.
(E) causa.

Leia o trecho a seguir, da obra “Senhora “de José de Alencar e responda aos itens 05 e 06.

O PREÇO

Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões.

Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade.

Era rica e formosa. Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante.

Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu – fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade.

Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. Dizia-se muita coisa que não repetirei agora, pois a seu tempo saberemos a verdade, sem os comentos malévolos de que usam vesti-la os noveleiros.

Aurélia era órfã; e tinha em sua companhia uma velha parenta, viúva, D. Firmina Mascarenhas, que sempre a acompanhava na sociedade. Mas essa parenta não passava de mãe de encomenda, para condescender com os escrúpulos da sociedade brasileira, que naquele tempo não tinha admitido ainda certa emancipação feminina. Guardando com a viúva as deferências devidas à idade, a moça não declinava um instante do firme propósito de governar sua casa e dirigir suas ações como entendesse.

[…]

Disponível em: https://tinyurl.com/yry7fjsu.Acesso em: 21mai.2022(Adaptada).

05  

Leia novamente o terceiro parágrafo do texto “O preço” e responda:

a) Identifique a expressão que se refere a outra do segundo parágrafo e transcreva ambas.

b) Qual a figura de linguagem que está presente no parágrafo? Em quais trechos ela ocorre?

06  

Transcreva uma hipérbole do quarto parágrafo.

07  

Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Viagem ao centro da Terra

Não consigo descrever meu desespero. Nenhuma palavra em língua de gente daria conta de meus sentimentos. Eu estava enterrado vivo, com a perspectiva de morrer torturado pela fome e pela sede.

Minha primeira reação foi passar as mãos ansiosas pelo chão. Como aquela rocha me pareceu ressecada!

Mas como eu abandonara o curso do córrego? Sim, porque, afinal de contas, ele não estava mais lá! Compreendi então por que eu estranhara tanto o silêncio na última vez em que procurei escutar algum chamado de meus companheiros.

Ao tentar apenas ouvir vozes, no momento em que dei o primeiro passo no caminho errado, não notei a ausência do córrego. É evidente que, naquele momento, devo ter entrado numa bifurcação, enquanto o Hansbach, obedecendo às exigências de outra rampa, partia com meus companheiros em rumo às profundezas desconhecidas!

Como voltar? Pistas não havia. Meu pé não deixava nenhuma marca naquele granito. Eu quebrava a cabeça tentando achar solução para um problema insolúvel. Minha situação podia ser resumida numa única palavra: perdido!

VERNE, Júlio. Viagem ao centro da Terra. tradução de Cid Knipel Moreira, São Paulo: Ática, 1993.

TEXTO II

[…]

Encontraram muitas coisas maravilhosas, mas nada que fosse espantoso. Descobriram que a ilha tinha cerca de cinco quilômetros de comprimento por meio quilômetro de largura e que a praia mais próxima estava separada por um canal estreito de no máximo uns duzentos metros de largura. Ficaram nadando durante quase uma hora e só voltaram

Para o acampamento lá pelo meio da tarde. Estavam com fome demais para ir pescar, mas comeram presunto à vontade e depois se deitaram à sombra para conversar. Mas a conversa foi morrendo pouco a pouco.

Twain, Mark. As aventuras de Tom Sawyer. Tradução de Duda Machado, São Paulo: Ática, 1995.

Acerca dos textos acima, podemos dizer que

(A) há narração em 1ª pessoa no texto I e narração em 3ª pessoa no texto II.
(B) há narração em 3ª pessoa no texto I e há narração em 1ª pessoa no texto II.
(C) ambos são narrados em 1ª pessoa.
(D) ambos são narrados em 3ª pessoa.
(E) ambos são narrados em 2ª pessoa.

08

Leia o texto a seguir.  

A estranha passageira

– O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero hora de voo – e riu nervosinha, coitada.

Depois pediu que eu me sentasse ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. […]

Madama entrou no avião sobraçando um monte de embrulhos, que segurava desajeitadamente. […] Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive que realizar essa operação […].

Afinal estava ali pronta pra viajar. Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas íntimas. […] Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo para trás e esparramando embrulhos para todos os lados.

O comandante já esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:

– Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só pra ela?

Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.

Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram abrir jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante a viagem.

Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janela para ver a paisagem) e gritou:

– Puxa vida!!!!!

Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse:

– Olha lá embaixo.

Eu olhei. E ela acrescentou:

– Como nós estamos voando alto, moço. Olha só… o pessoal lá embaixo até parece formiga.

Suspirei e lasquei:

– Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo.

PRETA, Stanislaw Ponte. Disponível em: http://gg.gg/116sih. Acesso em: 7 mar. 2014.

Em relação à experiência de viajar de avião pela primeira vez, a mulher estava

(A) assustada.
(B) desanimada.
(C) insatisfeita.
(D) irritada.
(E) empolgada.

Leia o texto a seguir.

Sexto sentido

Suspense e drama.

Direção: M,Night Shyamalan

Elenco: Bruce Willis, Haley Joel Osment, Toni Collete.

Nacionalidade: EUA

O psicólogo infantil Malcolm Crowe (Bruce Willis) abraça com dedicação o caso de Cole Sear (Haley Joel Osment). O garoto, de 8 anos, tem dificuldades de entrosamento no colégio e vive paralisado de medo. Malcolm, por sua vez, busca se recuperar de um trauma sofrido anos antes, quando um de seus pacientes se suicidou na sua frente.

Disponível em: https://tinyurl.com/fu92nb3m. Acesso em: 21maio 2022.

09

A linguagem da sinopse do sexto sentido é concisa e objetiva. Explique.

10

Qual o gênero do filme “Sexto sentido”?

11

Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam na luz
As belas borboletas
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!

MORAES, Vinícius de. A arca de Noé. Companhia das Letrinhas, 1991.

TEXTO II

Borboletas

As borboletas são insetos com dois pares de asas. Vive melhor em regiões tropicais pelo clima quente e alimento abundante.

Existem aproximadamente 200 mil espécies de borboletas, mas somente 120 mil estão registradas.

As borboletas se alimentam de vegetais e néctar. Pesam cerca de 0,3 gramas sendo que a maior pode pesar 3 gramas.

Chegam a ter 32 centímetros de asa a asa. As borboletas vivem em média duas semanas.

Disponível em: http://www.brasilescola.com/animais/borboleta.htm. Acesso em: 15 maio 2022.

Esses textos falam sobre

(A) preservação das borboletas.
(B) hábitos das borboletas.
(C) características das borboletas.
(D) alimentação das borboletas.
(E) alimentação dos idosos.

12

Leia o texto a seguir.

A Mulher no Brasil

A história da mulher no Brasil, tal como a das mulheres em vários outros países, ainda está por ser escrita. Os estudiosos têm dado muito pouca atenção à mulher nas diversas regiões do mundo, o que inclui a América Latina. Os estudos disponíveis sobre a mulher brasileira são quase todos meros registros de impressões, mais do que de fatos, autos-de-fé quanto à natureza das mulheres ou rápidas biografias de brasileiras notáveis, mais reveladoras sobre os preconceitos e a orientação dos autores do que sobre as mulheres propriamente ditas. As mudanças ocorridas no século XX reforçam a necessidade de uma perspectiva e de uma compreensão históricas do papel, da condição e das atividades da mulher no Brasil.

Hahner, June E.

Considerando o fragmento lido, podemos afirmar que

(A) quanto à existência de um estudo histórico sobre seu papel na sociedade, a mulher brasileira assemelhase à de várias partes do mundo.
(B) excetuando-se as rápidas biografias de brasileiras notáveis, as demais obras sobre a mulher no Brasil estão impregnadas de informações sobre o seu valor na sociedade.
(C) as modificações de nosso século reforçam a necessidade de que se escreva uma verdadeira história da mulher no Brasil.
(D) os estudos disponíveis sobre a mulher brasileira são registros baseados em fatos inquestionáveis numa perspectiva histórica.
(A) quanto à existência de um estudo não histórico sobre seu papel na vida dos animais, a mulher brasileira não se assemelha à de várias partes do mundo

13

Leia o texto a seguir.

Privatização era a única saída do governo para ampliar aeroportos?

DE SÃO PAULO

Todas as empresas que apresentaram propostas para participar do leilão dos aeroportos, marcado para segunda-feira, foram habilitadas. Pelo menos onze consórcios entregaram documentação ontem na sede da BMF&Bovespa. No entanto, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) não confirmou nem os nomes nem o número dos participantes.

Privatização era a única saída do governo para ampliar aeroportos?

Sim. Para o bom desenvolvimento de qualquer país, o governo deve preocupar-se somente com educação, saúde e segurança e regular todo o restante. Portanto, o governo acertou ao leiloar os aeroportos de Guarulhos, de Brasília e de Viracopos. Cabe agora fazer uma regulação efetiva, e não como ocorre hoje.

ROBSON BONATO (Curitiba, PR)

Não. Tudo indica que temos um problema de má gestão dos nossos aeroportos. É inacreditável que um negócio tão rentável seja tão mal administrado. Parece até que é algo intencional para desqualificar a atuação direta do Estado nessa área e justificar tal medida perante a opinião pública.

JOÃO BATISTA MILITÃO (Santo Amaro, BA)

Folha de S. Paulo. Painel do leitor. Disponível em: http://gg.gg/116srt. Acesso em: 18 fev. 2012.

No trecho “Parece até que é algo intencional para desqualificar a atuação direta do Estado nessa área”, qual a relação que a palavra grifada estabelece entre as orações?

Leia os textos, a seguir, e responda aos itens 14 e 15.

TEXTO I

Atrás da porta

A casa do Carlinhos era uma casa antiga, pegada à Escola Dona Carlotinha de Araújo Cintra.

Antigamente, quando a avó do Carlinhos estava viva, ela ocupava as duas casas, que eram uma só.

Depois que a Dona Carlota morreu, a família separou o casarão em dois.

Uma parte foi doada para a escola. E, na outra, ficou morando a família do Carlinhos.

Carlinhos gostava muito da avó, então vivia brincando no quarto que tinha sido dela.

Dona Carlotinha era aquele tipo de avó que todo mundo quer ter: brincava com os netos de teatrinho, de acampamento no quintal, de amarelinha, tocava violão, cantava e contava histórias.

E que histórias! Dava a impressão de que ela sabia todas as histórias do mundo.

De fadas, de lobos ferozes, de meninos e meninas que desobedeciam aos pais (era dessas histórias que Carlinhos mais gostava), de reis, de piratas e de marinheiros.

ROCHA, Ruth. In: Histórias Pescadas. Coleção Literatura em Minha Casa. p. 86. Fragmento.

TEXTO II

Avó

A avó tem cabelos muito brancos, curtos e lisos. Pouco cabelo. A pele é toda enrugada. Parece que já está virando árvore. O corpo também é pequeno. Ela toda parece um pássaro.

Usa um xale de renda na cabeça e nas mãos carrega sempre um livro sagrado e cheiro de cebola. Tem passos miúdos. Às vezes parece orvalho. Já está quase desaparecendo, dá pra notar. Os olhos pousados em coisas diferentes, invisíveis navios, alguma terra do lado de lá?

Pronto, já fez a oração da manhã, pede por toda a família, o dia já pode começar. Na verdade, seu dia é muito simples. Cozinhar para o avô, preparar biscoitos de nata para os netos, tomar cuidado para não esquecer as coisas, a cabeça cheia de nuvens. Na hora do almoço, chega o avô.

MURRAY, Roseana. Retratos. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar. p. 37.

14

Esses dois textos retratam a/as

(A) convivência dos netos com as avós.
(B) lembrança carinhosa das avós.
(C) brincadeiras dos netos com as avós.
(D) histórias contadas pelas avós.
(E) histórias de brincadeiras de rua.

15

Qual é o gênero textual do texto II?