Língua Portuguesa – Aula 1 – 2ª Série – Recomposição das Aprendizagens  - 14/02/2022

14 de fevereiro de 2022

ATIVIDADE 01 

(Enem/2013-adaptada) Leia o cartum a seguir.

CAULOS. Disponível em: www.caulos.com. Acesso em 24 set. 2011. (Foto: Reprodução).

O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a

(A) a opressão das minorias sociais.
(B) carência de recursos tecnológicos.

(C) falta de liberdade de expressão.
(D) defesa da qualificação profissional.
(E) reação ao controle do pensamento coletivo.
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ATIVIDADE 02    

(SARESP/2011) Leia o texto a seguir.

TRABALHO ESCRAVO
Pior do que não conseguir trabalho é não
conseguir sair dele.

Trabalho escravo!
Vamos abolir essa VERGONHA!
Mais de 120 anos se passaram desde a Lei Áurea, e milhares de brasileiros continuam trabalhando em regime de escravidão.
Homens, mulheres e crianças vivem em condições subumanas no campo, sem dignidade e sem liberdade.
O Brasil vai dar um basta nisso.

Os elementos que ilustram a figura selecionada e a maneira como eles estão nela dispostos permitem relacionar o trabalho

(A) ao aprisionamento.
(B) ao cansaço.
(C) à paciência.
(D) à desolação.
(E) à resignação.

ATIVIDADE 03 

(SAEMS/2016) Leia o texto a seguir.

Escolha o seu sonho

Devíamos poder preparar os nossos sonhos como os artistas, as suas composições. Com a matéria sutil da noite e da nossa alma, devíamos poder construir essas pequenas obras-primas incomunicáveis, que, ainda menos que a rosa, duram apenas o instante em que vão sendo sonhadas, e logo se apagam sem outro vestígio que a nossa memória.

Como quem resolve uma viagem, devíamos poder escolher essas explicações sem veículos nem companhia – por mares, grutas, neves, montanhas e até pelos astros, onde moram desde sempre heróis deuses de todas as mitologias, e os fabulosos animais do Zodíaco.

Devíamos, à vontade, passear pelas margens do Paraíba, lá onde suas espumas crespas correm com o luar por entre as pedras, ao mesmo tempo cantando e chorando. – Ou habitar uma tarde prateada de Florença, e ir sorrindo para cada estátua dos palácios e das ruas, como quem saúda muitas famílias de mármore…

– Ou contemplar nos Açores hortênsias da altura de uma casa, lagos de duas cores e cestos de vime nascendo entre fontes, com águas frias de um lado e, do outro, quentes…

– Ou chegar a Ouro Preto e continuar a ouvir aquela menina que estuda piano há duzentos anos, hesitante e invisível enquanto o cavalo branco escolhe, de olhos baixos, o trevo de quatro folhas que vai comer.

Quantos lugares, meu Deus, para essas excursões! Lugares recordados ou apenas imaginados. Campos orientais atravessados por nuvens de pavões. Ruas amarelas de pó, amarelas de sol, onde os camelos de perfil de gôndola estacionam, com seus carros.

Avenidas cor-de-rosa, por onde cavalinhos emplumados, de rosa na testa e colar ao pescoço, conduzem leves e elegantes coches policromos…

... E lugares inventados, feitos ao nosso gosto; jardins no meio do usar; pianos brancos que tocam sozinhos; livros que se desarmam, transformados em música. […]

Devíamos poder sonhar com as criaturas que nunca vimos e gostaríamos de ter visto: Alexandre, o Grande; São João Batista; o Rei Davi a cantar; o Príncipe Gautama…

E sonhar com os que amamos e conhecemos, e estão perto ou longe, vivos ou mortos…

Sonhar com eles no seu melhor momento, quando foram mais merecedores de amor imortal…

Ah!… – (que gostaria você de sonhar esta noite?).

Meireles, Cecília. Disponível em: http://gg.gg/xt2ol. Acesso em: 08 fev. 2022. Fragmento.

Nesse texto, o trecho em que se verifica a presença de um ser inanimado com ação humana é

(A) “… lá onde suas espumas crespas correm com o luar por entre as pedras, ao mesmo tempo cantando e chorando.”. (3° parágrafo)
(B) “… e ir sorrindo para cada estátua dos palácios e das ruas, como quem saúda muitas famílias de mármore…”. (3° parágrafo)
(C) “… o cavalo branco escolhe, de olhos baixos, o trevo de quatro folhas que vai comer.”. (5° parágrafo)
(D) “Lugares recordados ou apenas imaginados. Campos orientais atravessados por nuvens de pavões.”. (6° parágrafo)
(E) “E sonhar com os que amamos e conhecemos, e estão perto ou longe, vivos ou mortos…”. (penúltimo parágrafo)

ATIVIDADE 04 

(PROEB/2000-adaptada) Leia o texto a seguir.

CONFIDÊNCIA DO ITABIRANO

Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.

Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e
comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres

e sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce
herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas que ora te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de

visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa…
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!

ANDRADE, Carlos Drummond. Reunião. 10. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.

Na última estrofe desse poema, o autor exprime

(A) desconfiança.
(B) generosidade.
(C) indiferença.
(D) orgulho.
(E) saudosismo.