A estruturação dos vice-reinos nas Américas; Resistências indígenas, invasões e expansão na América portuguesa: Democracia racial entre a miscigenação e o racismo – 7º Ano – 4ª Quinzena – 3º Ciclo – Aula e Impressão - 19/10/2020

Tudo bem? Animado pra mais uma atividade?
Hoje temos uma aula muito interessante: a formação étnica do povo brasileiro!

https://youtu.be/iCU6sM2OcGU

A COMPOSIÇÃO ÉTNICA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

 

 

    O Brasil é um país com grande diversidade étnica, sua população é composta essencialmente por três principais grupos étnicos: o indígena, o branco e o negro. Os indígenas constituem a população nativa do país, os portugueses foram os povos colonizadores da nação e os negros africanos foram trazidos para o trabalho escravo.
    Esse contexto proporcionou a miscigenação dos habitantes do Brasil, caracterizados como mulato (branco + negro); caboclo ou mameluco (branco + índio); cafuzo (índio + negro). Com o prosseguimento da miscigenação, originaram-se os inúmeros tipos que hoje compõem a nossa população.

    É sempre importante ressaltar que nos estados brasileiros não há homogeneidade étnica, e sim, a predominância de vários grupos. A distribuição dos principais grupos étnicos pelo território nacional é uma consequência do povoamento das regiões do país.

    A região Sul teve os europeus como principais povos ocupantes do território; na Amazônia, predominam os descendentes indígenas; os afrodescendentes são maioria no Nordeste brasileiro. No entanto, existe grande diversidade mesmo entre essas regiões, pois além de ter ocorrido a miscigenação nesses locais, há um grande fluxo migratório entre essas partes do Brasil.

          Disponível em: https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/a-composicao-etnica-populacao-brasileira.htm. Acesso em: 10 de set. de 2020.

 

 

  1. A distribuição dos principais grupos étnicos pelo território nacional é uma consequência do povoamento das regiões do país. No quadro a seguir relacione os principais povos ocupantes do território de cada região.

 

  1. Grupo Étnico refere-se a uma coletividade que se diferencia por suas especificidades (cultura, religião, língua, modos de agir etc.), e que possui a mesma origem e história. Pesquise sobre a origem étnica de seus familiares (pode ser uma pesquisa oral por meio de entrevista) e descubra se você é fruto de uma mistura étnica. Depois descreva ou faça um desenho sobre sua origem étnica.

 

   Para ampliar um pouco mais seus conhecimentos leia o texto a seguir:

 

Origens do Povo Brasileiro

A população brasileira é bastante miscigenada. Isso ocorreu em razão da mistura de diversos grupos humanos que aconteceu no país. São inúmeras as raças que favoreceram a formação do povo brasileiro. Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos.

 

 

 

    Povos indígenas: antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por povos nativos, nesse caso, os índios. Existem diversos grupos indígenas no país, entre os principais estão: Karajá, Bororo, Kaigang e Yanomani. No passado, a população desses índios era de quase 2 milhões de pessoas.

    Povos africanos: grupo humano que sofreu uma migração involuntária, pois foram capturados e trazidos para o Brasil, especialmente entre os séculos XVI e XIX. Nesse período, desembarcaram no Brasil milhões de negros africanos, que vieram para o trabalho escravo. Os escravos trabalharam especialmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café.

    Imigrantes europeus e asiáticos: os primeiros europeus a chegarem ao Brasil foram os portugueses. Mais tarde, por volta do século XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada de um grande número de imigrantes europeus e também asiáticos. Na primeira metade do século XX, pelo menos quatro milhões de imigrantes desembarcaram no Brasil. Dentre os principais grupos humanos europeus, destacam-se: portugueses, espanhóis, italianos e alemães. Em relação aos povos asiáticos, podemos destacar japoneses, sírios e libaneses.

    Tendo em vista essa diversidade de raças, culturas e etnias, o resultado só poderia ser uma miscigenação, a qual promoveu uma grande riqueza cultural. Por esse motivo, encontramos inúmeras manifestações culturais, costumes, pratos típicos, entre outros aspectos.

 

  Imagem disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/1545/diversidade-etnico-racial-por-um-ensino-de-varias-core. Acesso em: 10 de set. de 2020.

   Texto disponível em:

https://brasilescola.uol.com.br/brasil/as-origens-povo-brasileiro.htm. Acesso em: 10 de set. de 2020.

 

Como estamos indo?

 

  1. A população brasileira é bastante miscigenada. Isso ocorreu em razão da mistura de diversos grupos humanos que aconteceu no país. São inúmeras as raças que favoreceram a formação do povo brasileiro.

Os principais grupos foram os povos indígenas, africanos, imigrantes europeus e asiáticos. Relacione cada grupo em suas devidas especificações.

 

 

a) Povos indígenas

 

(  ) Grupo humano que sofreu uma migração involuntária, pois foram capturados e trazidos para o Brasil, especialmente entre os séculos XVI e XIX. Nesse período, desembarcaram no Brasil milhões deles, que vieram para o trabalho escravo. Os escravos trabalharam especialmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café.

b) Povos africanos

(   ) Os primeiros a chegarem ao Brasil foram os portugueses. Mais tarde, por volta do século XIX, o governo brasileiro promoveu a entrada de um grande número de imigrantes.

c) Imigrantes     europeus e asiáticos

(    ) Antes do descobrimento do Brasil, o território já era habitado por povos nativos, no passado, a população desses povos era de quase 2 milhões de pessoas.

 

 

    Leia os trechos dos textos a seguir e descubra de onde foram trazidos os africanos para o Brasil.

 

                                                                  Trecho nº 1

 

   “É difícil saber quantos africanos foram trazidos para o Brasil ao longo de três séculos de tráfico negreiro. As estimativas indicam que entre 3.300.000 e oito milhões de pessoas desembarcaram nos portos brasileiros para serem vendidas como escravas, de meados do século XVI até 1850. (…)

    As quatro principais rotas dos navios negreiros que ligaram o continente africano ao Brasil foram as da Guiné, Mina, Angola e Moçambique. Elas concentravam o comércio de seres humanos que, na maioria dos casos, eram aprisionados em guerras feitas por chefes tribais, reis ou sobas africanos para esse fim. Os traficantes, principalmente portugueses, mas também de outras nações europeias e posteriormente brasileiros, obtinham os prisioneiros em troca de armas de fogo, tecidos, espelhos, utensílios de vidro, de ferro, tabaco e aguardente, entre outros. (…)”.

  1. Rota da Guiné: De Cabo Verde, saíam navios com cativos vindos principalmente da região onde hoje se situam Guiné-Bissau, Senegal, Mauritânia, Gâmbia, Serra Leoa, Libéria e Costa do Marfim. O destino desses prisioneiros, no Brasil, eram as regiões Nordeste e Norte.
  2. Rota da Mina: Os portos brasileiros, do Maranhão ao Rio de Janeiro, com destaque para Salvador, foram abastecidos por essa rota até a primeira metade do século XIX.
  3. Rota da Angola: Os navios que partiam da costa dos atuais territórios do Congo e de Angola se destinavam principalmente aos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro.
  4. Rota de Moçambique: Os navios saíam principalmente dos portos de Lourenço Marques (atual Maputo), Inhambane e Quelimane, em Moçambique, e se dirigiam ao Rio de Janeiro.

Disponível em: http://www.sohistoria.com.br/ef2/culturaafro/p5.php. Acesso em: 10 de set. de 2020.

 

 

                                           Trecho nº 2

 

    “Inicialmente, os africanos escravizados foram trazidos para atuar na economia açucareira, mas a escravidão africana se estabeleceria como o esteio da força de trabalho em praticamente todos os setores da sociedade, através do vasto território que viria a ser o Brasil, até sua abolição em 1888. Os escravos foram utilizados não apenas na produção de açúcar, café, algodão, minérios e outros produtos de exportação. Terminaram sendo também empregados na agricultura de abastecimento interno, na criação de gado e charqueadas, nas pequenas manufaturas, no trabalho doméstico, em uma grande variedade de ofícios mecânicos e toda ordem de ocupações urbanas. Nas cidades eram eles que, até uma altura avançada do Século XIX, se encarregavam do transporte de objetos, dejetos e pessoas, além de serem responsáveis por uma considerável parcela da distribuição do alimento que abastecia pequenos e grandes centros urbanos. (…) Os escravos não serviram apenas aos grandes senhores da aristocracia agrícola, pois estavam distribuídos — embora desigualmente distribuídos — entre proprietários de diversas grandezas, no campo e na cidade. Isso explica por que os escravos estiveram presentes em cada instituição que compunha a sociedade colonial e pós-colonial do Brasil”.

 

        REIS, João José. Presença negra: conflitos e encontros. In: VAINFAS, Ronaldo (Org.). Brasil: 500 anos de povoamento. IBGE. 2000. p. 79.

 

Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv6687.pdf. Acesso em: 26 mar. 2019.

 

Trecho nº 3

 

    “O tráfico transatlântico promoveu o povoamento do Brasil por gente oriunda de diversas regiões do continente africano. Mas essas regiões contribuíram para este povoamento em graus variados de intensidade, dependendo do período considerado e dependendo das conexões comerciais mantidas pelos traficantes portugueses, brasileiros e africanos de um e outro lado do Atlântico. Assim, os portos do Brasil podiam por vezes, e em certos períodos, se especializar em determinadas direções do fluxo do comércio de pessoas. Durante os Séculos XVI, XVII e primeira metade do Século XVIII, os chefes políticos e mercadores da África Centro Ocidental, em particular o território presentemente ocupado por Angola, forneceram a maior parte dos escravos utilizados em todas as regiões da América portuguesa. (…) Eram povos aqui denominados de congos, angolas, benguelas, cabindas, cassanges, monjolos, rebolos, moçambiques e outros. Os chamados angolas — estes em geral traficados através do porto de Luanda — e benguelas — estes traficados através de entrepostos situados mais ao sul da atual Angola — vieram a predominar nas levas do comércio oitocentista, em especial os que desembarcavam no Rio de Janeiro. Os traficantes envolvidos no comércio baiano, por outro lado, a partir de meados do Século XVII, e até o fim do tráfico, foram se especializando cada vez mais na região do Golfo do Benin (sudoeste da atual Nigéria), de onde importaram escravos aqui denominados dogomés, jejes, ussás, bornos, tapas e nagôs, entre outros”.

 

REIS, João José. Presença negra: conflitos e encontros. In: VAINFAS, Ronaldo (Org.). Brasil: 500 anos de povoamento. IBGE. 2000. p. 79.

 

Tudo certinho aí?

 

  1. As quatro principais rotas dos navios negreiros que ligaram o continente africano ao Brasil foram as da Guiné, Mina, Angola e Moçambique. Elas concentravam o comércio de seres humanos que, na maioria dos casos, eram aprisionados em guerras feitas por chefes tribais, reis ou sobas africanos para esse fim. Cada uma destas rotas os escravos eram levados para um Região do Brasil. Relacione a rota a sua região de destino.

 

 a) Rota da Guiné:

(   ) Maranhão ao Rio de Janeiro, com destaque para Salvador

 b) Rota da Angola:

(   ) Rio de Janeiro.

 c) Rota de Moçambique:

(   ) Recife, Salvador e Rio de Janeiro.

 d) Rota da Mina:

 

(   ) Regiões Nordeste e Norte.

 

  1. Faça uma análise dos trechos lidos e descreva com suas palavras o papel desempenhado pelos Africanos escravizados, para a economia do Brasil.

 

             

                                                    Leia o texto a seguir:

 

 

 

                        

                                                    Democracia racial

 

Imagem disponível em: https://tinyurl.com/y4p5vure. Acesso em 10 de set. de 2020.

 

    Democracia racial é o estado de plena igualdade entre as pessoas independentemente de raça, cor ou etnia. No mundo atual, apesar do fim da escravização e da condenação de práticas e de ideologias racistas, ainda não existe democracia racial, visto que há um abismo imenso que segrega populações negras, indígenas e aborígenes da população branca.

    O que é democracia racial?

Quando falamos em democracia em sentido amplo, não estamos falando apenas de possibilidade de participação política, mas também de igualdade de direitos, igualdade social, igualdade racial e liberdade garantida a todas as pessoas.

    Pensar em democracia racial requer, portanto, pensar em uma sociedade em que todas as pessoas, independentemente de sua origem étnico-racial e da cor de suas peles, sejam livres e tenham direitos iguais.

    A democracia racial ainda não existe, mas deve ser buscada para que tenhamos uma sociedade justa.

    Devido ao passado de escravidão, racismo e exploração de territórios africanos por parte de nações europeias que deixou uma imensa cicatriz de preconceito e discriminação em nossa sociedade, além do terrível holocausto que sentenciou à morte injusta milhões de judeus, a Organização das Nações Unidas (ONU) promulgou, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. A declaração enfatiza a igualdade de direitos entre todos os seres humanos, independentemente de raça, cor, religião, nacionalidade ou gênero.

    Segundo o art. 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, “todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”|1|. O reconhecimento de direitos iguais por parte da ONU consiste num importante passo para o estabelecimento da democracia racial no mundo.

 

Acesse também: Como ficou a vida dos ex-escravos após a Lei Áurea?

 

    A Constituição da República Federativa Brasileira de 1988 também enfatiza o estabelecimento de direitos iguais entre pessoas independentemente de qualquer elemento distintivo. O art. 5 da Constituição diz o seguinte: “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”|2|. Apesar de não mencionar diretamente a questão étnico-racial, o trecho citado do documento atesta que não pode haver discriminação de qualquer natureza, ficando implícito que discriminação racial não é permitida.

    Os documentos citados são ferramentas importantes para a construção de uma nação onde haja democracia racial, no entanto, não basta a promulgação da lei, sendo necessário que ela seja cumprida. Para além da discriminação e do preconceito racial, muito precisa ser feito para que um país seja, de fato, considerado uma democracia racial.

    Devido ao fato de existir um racismo estrutural que segrega negros e brancos em classes sociais diferentes, que dificulta o acesso da população negra a serviços básicos de educação, saúde, segurança e ao emprego digno, faz-se necessária a tomada de medidas de reparação histórica para que uma nação seja, de fato, uma democracia racial.

 

Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historia/democracia-racial.htm Acesso em: 10 de set. de 2020 

 

 

  1. Com base no texto e na charge a seguir elabore um pequeno texto dissertando sobre os seguiintes pontos:

  • O que é democracia racial?
  • O que é racismo?
  • Existe de fato democracia racial?

 

 

Disponível em: https://www.geledes.org.br/igualdade-brasil-miscigenado/. Acesso em: 10 de setembro de 2020

Finalizei mais uma atividade!!!!!
E se for sair, use a máscara todo o tempo! Ahhhh…e lave sempre as mãos!

 

Lembre-se de imprimir a atividade, ok? 

7º HIS 4ª quinzena 3º ciclo