AULA 03/2023 – Redes hidrográficas - 07/02/2023
A formação de rios e bacias hidrográficas
Primeiramente, para seguirmos adiante na compreensão da formação e funcionamento dos rios, devemos nos recordar do ciclo hidrológico e de seus efeitos no meio ambiente.
Evaporação
Basicamente, ao entrar em contato com a superfície terrestre, a radiação solar aquece as águas que por sua vez se tornam uma grande massa úmida de “vapor”.
Condensação
Essa “massa de vapor” sobe a grandes altitudes até se resfriar e se tornar densa (pesada) novamente, voltando a forma líquida.
Precipitação
Quando essa água no interior das nuvens se acumular ao ponto de seu peso ultrapassar a capacidade delas “suportarem”, esta cairá no formato de chuva.
Infiltração e Escoamento
As águas que caem sob a forma de chuva se infiltram parcialmente no solo e escoam na superfície dos lugares de altitude “mais alta” para os lugares de altitude “mais baixa”. Os lugares de baixa altitude são os lagos, córregos, riachos, rios, mares e oceanos. Deste modo, podemos dizer que a chuva “recarrega” às águas destes locais e de todos os seres vivos que ali habitam.
Rios e bacias hidrográficas
Relevo: O conjunto de formas da superfície terrestre é chamado de relevo. No relevo percebemos diferentes altitudes que vão influenciar a forma como às águas se assentam no ambiente, ou seja, no leito do rio.
Disponível em: https://tinyurl.com/tpntekz Acesso em: 20 de mar 2020
Splash: Geralmente ao caírem, as gotas d’água das chuvas causam pequenos impactos (efeito splash) que geram desgastes no solo e que variam conforme a resistência do material de sua cobertura. Os buracos das calçadas e ruas que ocorrem principalmente em épocas de chuva são um bom exemplo deste fenômeno.
Sedimentos e Erosão: O material retirado por este impacto, mínimo que seja, é transportado junto a água da chuva, sempre em direção aos locais de menor altitude (mais baixos). E lá, não tendo mais para onde ir, eles são depositados. O material transportado recebe o nome de sedimento e o fenômeno de transporte de sedimentos recebe o nome de erosão. Portanto, o relevo e os rios que hoje vemos certamente não eram assim em décadas, séculos e milênios passados. Eles são o resultado da relação de vários agentes naturais entre si, sendo os principais: a radiação solar, as rochas, as águas, as massas de ar e o solo.
Características de um Rio
O sistema fluvial diz respeito aos aspectos que, em conjunto, são responsáveis pela localização, forma e movimento dos rios.
Nascente: é o lugar onde se encontra várias características favoráveis para o acúmulo de água, recebendo muitas chuvas ao longo do ano, possuindo um solo rochoso que viabiliza reservas de águas subterrâneas e transborda o excesso em direção as baixas altitudes (curso inferior do rio).
Afluente: também conhecido como tributário, são rios e cursos d’água de menor fluxo que desaguam nos rios principais.
Rio principal: é onde os afluentes desaguam e por causa disso possui o maior fluxo de água em uma bacia hidrográfica. Caso ocorra uma ramificação neste rio (ele se dividir em duas ou mais direções), o principal será aquele com maior quantidade/fluxo de água (vazão).
Várzea: conhecida também como planície de inundação, é o local onde o relevo vai se tornando plano e por consequência o fluxo das águas dos rios perdem velocidade, depositando muito material que vinha sido trazido com às águas, como rochas, solos, minerais e matéria orgânica (de origem animal ou vegetal).
O solo nesses locais fica enriquecido com esses materiais depositados e em períodos sem chuva (estiagem) o nível das águas do rio descem, de modo que há um grande potencial de se exercer agricultura ali durante este período.
Meandros: São as curvas que o rio faz ao passar por um relevo aplainado (“mais plano”).
Foz: é o local onde um grande corpo d’água corrente, como um rio, deságua em um outro corpo d’água (outro rio, um grande lago, mar, oceano etc.).
Foz em delta: sua existência depende da inclinação do rio em relação a foz. Nos locais onde há pouca inclinação no rio, a falta de velocidade e força das águas fazem os materiais carregados por elas depositarem-se na foz, formando várias ramificações (ou canais) que por fim desaguam no corpo d’água que se encontra adiante.
Foz em estuário: diferente do delta, corresponde a foz do rio que deságua diretamente no corpo d’água adiante por possuir mais inclinação, o que gera mais velocidade e força nas águas correntes. Deste modo, não ocorrerá (ali) depósitos de materiais e por consequência não haverá ramificações.
Bacia hidrográfica: é toda a extensão que corresponde a superfície que direciona as águas aos rios, os próprios rios e seus afluentes.
ATIVIDADES
1. Cite as principais características de uma bacia hidrográfica ao longo do percurso dos rios.
2. Qual o nome dos corpos d’água de menor fluxo que desaguam nos rios principais?
A) Nascentes. | B) Afluentes. | C) Meandros. | D) Várzeas. |
3. Quais são as principais influências do relevo em relação aos rios?
4. Observe a imagem a seguir:
Representação de uma Bacia Hidrográfica – Disponível em: https://preview.tinyurl.com/bacia-hidrogr-fica Acesso em: 20 de mar de 2020
Qual tipo de foz corresponde ao da imagem? Explique com suas palavras.
5. O que ocorre com a direção dos rios quando estes chegam a uma parte do relevo aplainada (“mais plano”)?
A) Muda de direção (meandros), perde força e velocidade.
B) Não muda de direção.
C) Segue uma única direção e perde força e velocidade.
D) Segue uma única direção e aumenta sua força e velocidade.
6. Identifique os elementos de um rio na paisagem que se segue, escrevendo o nome deles nas linhas correspondentes.
Utilize as “palavras” (elementos do rio) do quadro a seguir: