AULA 14/2022 Recomposição 7º ano – Língua Portuguesa

Atividades para Recomposição da Aprendizagem

Leia o texto abaixo para responder às questões 1 a 3.

Preconceito: risque essa palavra do seu dicionário

Sabe quando uma história é sussurrada no seu ouvido? Foi assim, meio em segredo, que crianças negras contaram para a Folhinha histórias de preconceito racial que viveram.

Elas só toparam falar sobre o assunto porque o combinado era não revelar a sua identidade. Assim, alguns nomes são de mentirinha, mas as histórias – infelizmente – são bem reais.

Mas você já deve estar perguntando: o que é preconceito racial? O menino Anderson, 9, descobriu o que significa essa palavra de uma maneira bem triste.

“A primeira vez que ouvi essa palavra, preconceito, foi quando minha mãe ficou indignada porque contei que só usava o elevador de serviço.” Por quê? “As pessoas diziam que negro não podia usar o elevador social”, conta. “Aí ela me ensinou a dizer que eu tenho os mesmos direitos.”

Ana, 13, vive faltando na escola. Sempre dá uma desculpa para não frequentar as aulas, pois está chateada com as piadinhas de alguns meninos. “Ficam falando que sou uma bruxa por causa do meu cabelo”, diz.

Às vezes, o preconceito começa no caminho da escola. Marco Aurélio, 11, conta que alguns colegas faziam piadas preconceituosas com o seu nome. “Diziam que meu nome era “Macaco Aurélio'”, afirma.

Já Jéssica, 7, era beliscada e cuspida por um colega da perua. O menino dizia que ela não podia sentar ao seu lado porque iria “tingir seu corpo”, por ser negra.

Samuel, 10, também sofre com o preconceito racial de outras crianças. “Uma vez, na escola, um menino branco mandou eu sair da brincadeira porque eu sou negro. E falou: “Aqui só tem branco, você não pode brincar aqui’.” Samuel não disse nada. “Só saí de perto.”

“O silêncio não é a melhor solução”, ensina Eliane Cavalleiro, professora da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.

“Geralmente, a criança negra vive essa dor sozinha, porém deve pedir ajuda aos professores e aos pais. Ela também pode alertar o colega de que ele está sendo racista ou preconceituoso. E que racismo é um crime.”

(Patrícia Trudes da Veiga, Editora da Folhinha). Disponível em https://armazemdetexto.blogspot.com/search/label/REPORTAGEM Acesso em 15 de junho de 2022. (Adaptada).

http://Disponível em https://www.sindsaudeceara.org.br/ministerio-da-saude-lanca-campanha-contra-racismo-em-hospitais-publicos/. Acesso em 15 de junho de 2022.

1. Qual é o gênero textual do texto lido?

A) Notícia.

B) Carta do Leitor.

C) Reportagem.

D) Crônica.

2. Na manchete, o uso do verbo risque está ligado à ideia de buscar convencer o leitor a

A) continuar praticando ações preconceituosas.

B) relacionar-se de forma aleatória.

C) não praticar nenhuma forma de preconceito.

D) não ter muitos amigos.

3. Ao expor sobre o que pensa sobre preconceito diz “O silêncio não é a melhor solução”. Quem é o(a) autor(a) dessa frase no texto?

A) Denilda Cortês.

B) Eliane Cavalleiro.

C) Samuel

D) Jéssica

Leia o texto abaixo e responda às questões 4 a 7.

4. Qual é o gênero textual do texto lido?

A) Campanha Publicitária.

B) Carta do Leitor.

C) Reportagem.

D) Crônica.

5. O assunto tratado no texto é sobre

A) a ausência de médicas no SUS.

B) a discriminação que os médicos negros sofrem no SUS.

C) o intenso barulho nos corredores dos hospitais.

D) a presença de poucas enfermeiras no SUS.

6. A frase “Não fique em silêncio”, nesse contexto, pode se referir ao ato de

A) denunciar os médicos que fazem muito barulho.

B) manter o silêncio dos pacientes do hospital.

C) denunciar preconceitos sofridos pelos (as) médicos(as) negros(as).

D) ignorar qualquer tipo de preconceito.

7. Os verbos denuncie e ligue estão no modo imperativo porque ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Leia o texto abaixo para responder às questões 8 e 9.

Carolina Maria de Jesus foi uma figura ímpar. Viveu sozinha, com três filhos – um de cada pai – em uma favela na cidade de São Paulo, desde 1947. Descendente de africanos, nasceu em 1914, em Sacramento, um vilarejo rural no Estado de Minas Gerais, e foi à escola apenas até o segundo ano primário. Trabalhou na roça com a mãe, desde muito cedo. Depois, ambas foram empregadas domésticas. Já em São Paulo, na favela do Canindé, como catadora de papel e mãe de três filhos, escrevia folhas e folhas de histórias reais e imaginadas. Um dia, um jovem jornalista teve acesso a estes escritos e conseguiu ajudá-la a publicar seu Quarto de despejo, em 1960. O sucesso foi imediato. Vendeu o equivalente, naquele ano, a Jorge Amado. Seu livro foi publicado em 13 línguas, em mais de 40 países. […]

José Carlos Sebe Bom Meihy e Robert M. Lvine. Cinderela negra: a saga de Carolina de Jesus. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1994. p. 17. Disponível em https://armazemdetexto.blogspot.com/search/label/AUTOBIOGRAFIA. Acesso em 15 de junho de 2022.

8. Qual é o gênero textual lido?

A) Biografia.

B) Carta do Leitor.

C) Autobiografia.

D) Crônica.

9. Carolina Maria de Jesus publica seu primeiro livro com a ajuda de quem?

A) De um Amigo próximo.

B) Dos filhos mais velhos.

C) De um jovem jornalista.

D) De outros escritores.

Leia o cartum abaixo para responder às questões 10 a 12.

Disponível em https://brainly.com.br/tarefa/16386011. Acesso 15 de junho de 2022.

10. Caulos faz um jogo de palavras opostas forte e fraco. A esse recurso dá se o nome de

A) sinônimo.

B) antônimo.

C) homônimo.

D) heterônimo.

11. Na imagem, os fracos carregam os fortes sugerindo

A) direitos iguais a todos.

B) desigualdade entre as classes.

C) desvalorização do trabalhador.

D) preconceito racial.

12. No texto, o cartunista trabalhou com as linguagens

A) verbal e não verbal.

B) formal e informal.

C) popular e gíria.

D) regional e formal.

Leia a charge para responder às questões 13 e 14.

Disponível em https://oestadoma.com/noticias/2021/03/25/charge-do-dia/Acesso 15 de junho de 2022.

13. Ao questionar o filho sobre a aula remota, a criança responde que aprendeu control-C e control-V. Essas duas palavras são comuns no campo técnico de qual área do conhecimento?

A) Ciências da Natureza.

B) Matemática

C) Informática.

D) Linguagens.

14. O que fica sugerido na fala do filho, quando diz que control-C e control-V “é igual a zero no trabalho”?

A) O pai não conhece a linguagem utilizada pelo filho.
B) O filho é muito inteligente e não copia utilizando internet.
C) O filho copiou o trabalho utilizando control-C e control-V e, por isso, obteve zero.
D) O pai também copia trabalhos da internet.

Leia o texto abaixo para responder às questões 16 a 20.

Encomendando uma pizza em 2010
Telefonista: Pizza Rote, boa noite!
Cliente: Boa noite, quero encomendar pizzas…
Telefonista: Pode me dar o seu NIDN?
Cliente: Sim, o meu número de identificação nacional é 610204791993-8456-54632107.
Telefonista: Obrigada, Sr. Lewis. Seu endereço é 1742 Meadowland Drive, e o número de seu telefone é 494-2366, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Insurance é o 745-2302 e o seu celular é 266-2566. De que número o Sr. ligou?
Cliente: Bem, estou em casa. Como você conseguiu essas informações todas?
Telefonista: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central.
Cliente: Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma quatro queijos e outra calabresa…
Telefonista: Talvez não seja uma boa ideia…
Cliente: O quê?
Telefonista: Consta na sua ficha médica que o senhor sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde.
Cliente: É, você tem razão! O que você sugere?
Telefonista: Por que que o senhor não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O senhor vai adorar!
Cliente: Como é que você sabe que vou adorar?
Telefonista: O senhor consultou o site Recettes Gourmandes e Soja da Biblioteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 14:27h, onde permaneceu ligado à rede durante 36 minutos. Daí a minha sugestão…
Cliente: OK, está bem! Mande-me duas pizzas tamanho família!
Telefonista: É a escolha certa para o senhor, sua esposa e seus quatro filhos, pode ter certeza.
Cliente: Quanto é?
Telefonista: São $49,99.
Cliente: Você quer o número do meu cartão de crédito?
Telefonista: Lamento, mas o senhor terá que pagar em dinheiro. O limite do seu cartão de crédito já foi ultrapassado.
Cliente: Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco sacar dinheiro antes que chegue a pizza.
Telefonista: Duvido que consiga, o senhor está com o saldo negativo.
Cliente: Meta-se com a sua vida! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam?
Telefonista: Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos. Se o senhor estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso…
Cliente: Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto?
Telefonista: Peço desculpas, apenas reparei que o senhor não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la.
Cliente: @@#¬/?@&??/¬!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Telefonista: Gostaria de pedir ao senhor para não me insultar… não se esqueça de que o senhor já foi condenado em julho de 2009 por desacato em público a um Agente Regional.
Cliente: (Silêncio).
Telefonista: Mais alguma coisa?
Cliente: Não, é só isso… não, espere… não se esqueça dos 2 litros de Coca-Cola que constam na promoção.
Telefonista: Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 3095423/12, nos proíbe de vender bebidas com açúcar a pessoas diabéticas…
Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou me atirar pela janela!!!!!!!!!!!!!!!
Telefonista: E machucar o joelho? O senhor mora no andar térreo…

Crônica retirada da internet (Não tem identificação do autor). Este texto foi utilizado como pretexto de redação do vestibular em 2006 do ITA (INSTITUTO DE TECNOLOGIA DA AERONÁUTICA). Disponível em https://www.soescola.com/2020/04/atividades-sobre-cronica.html. Acesso em 15 de junho de 2022.

15. Releia o trecho: “Telefonista: Por que que o senhor não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O senhor vai adorar!”, quando a telefonista utiliza a frase em destaque é construída qual figura da linguagem?

A) Ironia.
B) Metáfora.
C) Hipérbole.
D) Antítese.

16. Qual é o gênero do texto acima? Explique.

17. Releia a frase do diálogo “Cliente: #¬/?@&??/¬!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!”.

Nessa frase do cliente, podemos perceber uma certa irritação com a telefonista. O que significam esses símbolos considerando o contexto?

18. O que significa no contexto esse trecho “Aaaaaaaahhhhhhhh Vou me atirar pela janela!!!!!!!!!!!!!!!”?

19. A telefonista parece realmente saber muito sobre a vida do cliente e a forma como ela dialoga com ele leva a construção humorística da crônica. Retire parte do texto que comprove isso.

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Leia o poema abaixo para responder às questões 20 a 21.

Eu estou, você está,

e ela está, e ele também;

e todos os que estavam, estiveram

e estão muito bem.

Estamos, estaremos nós; ela e ele

estarão lado a lado, e eu, que estive,

estarei.

E, se acaso estivesse

alguém que não tenha estado naquela vez,

Bem-vindo!, porque estar é o que importa

– e que todos estejam.

Poema de David Cherician, escritor cubano. Disponível em http://coligacaopoetica.blogspot.com/2011/12/licao-de-gramatica-eu-estou-voce-esta-e.html. Acesso 15 de junho de 2022.

20. Qual é o gênero do texto acima? Explique.

21. Quais classes gramaticais estruturam esse texto? Explique.

Leia o texto abaixo para responder às questões 22 a 25.

Nenhum motivo explica a guerra

Nem a grana

Nem a ganância

Nem a vingança, nem avanço industrial

Nem esperança, nem o ideal

Nem em nome do bem, contra o mal

Nenhum motivo explica a guerra

Nem a sede de poder

Nem o medo de perder

Nem a ira

Nem a mentira

Nem a conquista territorial

Ninguém tem que fazer o que não quer

Nenhum motivo explica a guerra

Ninguém precisa ser o que não é

Nada justifica não

Nenhum motivo explica a guerra

Nem cobiça, nem controle populacional

Nem vergonha, nem orgulho nacional

Nem a crença, nem a defesa

Nem a raça, nem a fé

Ninguém tem que seguir o que não crê

Nenhum motivo explica a guerra

Ninguém tem que fazer o que não quer…

Grana, ganância

Sede de poder

Ira, mentira

Medo de perder
Defesa, vingança / Raça, fé / Esperança

Poema de Arnaldo Antunes. Disponível em https://www.vagalume.com.br/afroreggae/nenhum-motivo-explica-a-guerra.html Acesso 15 de junho de 2022.

22. Como se posiciona o autor do texto em relação à guerra? Explique.

23. Quais palavras no texto se referem à guerra de forma negativa?

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24. O que significa “Sede de poder”? Explique.

25. Quais substantivos aparecem com sentido positivo em relação à guerra?

Leia o cartum abaixo para responder às questões 26 e 27.

26. O cartunista utiliza a linguagem não verbal para fazer um jogo de ideias opostas. Qual é?

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27. Ainda sobre o cartum responda: qual é o principal elemento que muda do quadrinho 1 para o 2? E qual é a crítica apresentada nesse texto?

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Disponível em https://www.tudosaladeaula.com/2021/08/atividade-interpretacao-de-texto-cartum-4ano-5ano-.html. Acesso em 15 de junho de 2022.

Compare os textos abaixo para responder à questão 28.

Texto 1

Texto 2

28. Esses dois textos são parecidos, pois tratam sobre

A) os direitos de todos os humanos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, sexo.

B) os direitos que apenas parte da população terá, excluindo língua, religião, país de origem.

C) os direitos que apenas os homens acima de 18 anos terão, independente de classe social.

D) os direitos que toda criança deve ter respeitados e garantidos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem ou, classe social.

Disponível em https://garotaseducacao.wordpress.com/2015/04/29/direitos-das-criancas/ Acesso em 15 de junho de 2022.

29. No texto 1, no trecho “Estatuto da Criança e do Adolescente”, a conjunção destacada dá a ideia de

A) adição.

B) adversidade (oposição).

C) alternativas.

D) conclusão.