AULA 18/2022 Recomposição 6º ano – Língua Portuguesa - 05/10/2022

Leia o texto abaixo para responder às atividades 1 e 2.

Disponível em https://www.mpap.mp.br/noticias/gerais/ha-30-anos-o-eca-e-instrumento-utilizado-pelo-mp-ap-na-garantia-dos-direitos-do-publico-infanto-juvenil Acesso em 05 de setembro de 2022.

1. No artigo 5º, ao utilizar “colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punindo os violadores…” infere-se uma

A) obrigatoriedade.

B) proibição.

C) possibilidade.

D) desejo.

2.  O pronome “los” na construção “colocá-los” refere-se a que?

A) Apenas às crianças que estão na imagem do texto.

B) A todas as crianças e adolescentes.  

C) Aos jovens e adultos.

D) Aos adolescentes com até 16 anos.

Agora, vamos ler o poema abaixo para responder às questões 3 a 10.

Os direitos das crianças

Toda criança do mundo deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.

Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer nem questão de concordar
Os direitos das crianças todos tem de respeitar.

Direito de perguntar… ter alguém pra responder.
A criança tem direito de querer tudo saber.
A criança tem direito até de ser diferente.
E tem que ser bem aceita seja sadia ou doente.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.

Mas a criança também tem o direito de sorrir.
Correr na beira do mar, ter lápis de colorir…

Ver uma estrela cadente, filme que tem robô,
Ganhar um lindo presente, ouvir histórias do avô.

Descer no escorregador, fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor, brincar de adivinhação.

Morango com chantilly, ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi, bola, bola, bola bola!

Lamber fundo de panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas, montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas, e uma corda de pular.

Um passeio de canoa, pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa… contar estrelas no céu…

Ficar lendo revistinha,
Um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha,
Um bom dum cachorro-quente.

Festejar o aniversário, com bala, bolo e balão!
Brincar com muitos amigos, dar uns pulos no colchão.

Livros com muita figura,
Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura…
Alguém para querer bem…

Festinha de São João, com fogueira e com bombinha,
Pé de moleque e rojão, com quadrilha e bandeirinha.

Andar debaixo de chuva,
Ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva,
Sentir o cheiro do mar.

Pisar descalça no barro,
Comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro,
Noite de muito luar.

Ter tempo pra fazer nada, ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada… Falar pelos cotovelos.

E quando a noite chegar, um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem estar… de preferência com colinho.

Uma caminha macia,
Uma canção de ninar,
Uma história bem bonita,
Então, dormir e sonhar…

Embora eu não seja rei, decreto, neste país,
Que toda, toda criança tem direito a ser feliz!

(Ruth Rocha)

Disponível em https://brasileirinhos.wordpress.com/2013/10/17/lendo-os-direitos-das-criancas-segundo-ruth-rocha/ Acesso em 05 de setembro de 2022.

3. Ruth Rocha ao produzir o verso “Toda criança do mundo deve ser bem protegida” utiliza o pronome “toda”. Nesse contexto ele expressa ideia generalizada ou específica? Explique.

4. Para a poetisa, as crianças devem ser protegidas “contra os rigores do tempo”. A que tempo sugere? 

5. Na estrofe “Criança tem que ter nome/Criança tem que ter lar/Ter saúde e não ter fome/ Ter segurança e estudar”, se refere aos direitos fundamentais expressos no ECA. Quais são eles? Você acha que esses direitos são cumpridos? Justifique.

6. No Capítulo II do ECA, Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis. Ao compararmos esse trecho da lei com o poema. Quais versos sugerem a mesma ideia?

7. Ao colocar que a criança tem direito a “…ter quem penteie os cabelos” a poetisa se refere a qual parte do texto legal?

A) III – encaminhamento a cursos ou programas de orientação.

B)  I – encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família.

C) IV – obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado.

D) Art.19 ao direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

8. O que significa a expressão utilizada no poema “falar pelos cotovelos”?

A) Se refere ao fato de a criança não poder falar em público.

B) Se refere ao direito de liberdade de expressão que todos têm.

C) Se refere ao fato de às crianças substituírem os adultos.

D) Se refere ao fato de conceder à criança o direito de expressar a “opinião e expressão”.

9. Qual verso abaixo está relacionado a uma obrigatoriedade?

A) “Ter segurança e estudar.”
B) “Ficar lendo revistinha.”

C) “Brincar com muitos amigos, dar uns pulos no colchão.”
D) “Pisar descalça no barro.”

10. No verso: “Contra os rigores da vida.”, a palavra sublinhada significa:
A) falsidade.

B) rigidez.
C) tristeza.

D) delicadeza.

Leia a narrativa de aventura (1ª parte) abaixo para responder às questões 11 a 20.

A Coisa

 A casa do avô de Alvinho era uma dessas casas antigas, grandes, que têm dois andares e mais um velho porão, onde a família guarda tudo que ninguém sabe bem se quer ou não quer.

Um dia Alvinho resolveu ir lá embaixo procurar uns patins que ele não sabia onde é que estavam.

Pegou uma lanterna, que as lâmpadas do porão estavam queimadas, e foi descendo as escadas com cuidado. No que foi, voltou aos berros:

– Fantasma! Uma coisa horrível! Um monstro de cabelo vermelho e uma luz medonha saindo da barriga.    Ninguém acreditou, está claro! Onde é que já se viu monstro com luz saindo da barriga? Nem em filme de guerra nas estrelas!

– A Coisa! – ele gritava. – A Coisa! É pavorosa! Muito alta, com os olhos brilhantes, como se fossem de vidro! E na cabeça uns tufos espetados pra todos os lados!

Nessa altura a família começou a acreditar. E tio Gumercindo resolveu investigar. E voltou, como os outros, correndo e gritando:

 – A Coisa! É uma Coisa! Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca. É muito horrorosa!

 O Alvinho já estava roendo as unhas de tanto medo.

Dona Julinha, a avó do Alvinho, era a única que não estava impressionada.

 – Deixa de bobagem, Alvinho. Pra que esse medo? Fantasmas não existem!

– Mas meu medo existe! – disse o Alvinho.

– Tá bem, tá bem, eu vou – disse Dona Julinha – eu vou ver o que é que há…

 E Dona Julinha foi tirar a limpo o que estava acontecendo. Foi descendo as escadas devagar, abrindo as janelas que encontrava.

A família veio toda atrás, assustada, morrendo de medo do monstro, fantasma, alma penada, fosse lá o que fosse.

Até que chegaram lá embaixo e Dona Julinha abriu a última janela.

Então todos começaram a rir, muito envergonhados.

A Coisa era…um espelho! Dona Julinha tinha levado o espelho para baixo e tinha coberto com um lençol (Dona Julinha não tinha medo de fantasma, mas tinha medo de raios…)

Um dia o lençol desprendeu e caiu e se transformou na Coisa…

Cada um que descia as escadas, no escuro, via uma coisa diferente no espelho.

E todos eles pensavam que tinham visto… a Coisa. A Coisa eram eles mesmos! Não ria, não! Você já reparou como um espelho no escuro é esquisito?

Imagem disponível em https://www.ruthrocha.com.br/livro/a-coisa Acesso em 05 de set. de 2022.

Disponível em https://educaemcasa.petropolis.rj.gov.br/uploads/arquivos/1629251111-leitura-18-08-texto-ii-a-coisa-parte-i-pdf.pdf Acesso em 05 de set. de 2022.

11. O enredo de uma narrativa de aventura é composto das ações das personagens, organizadas em uma sequência de situações. Localize, no texto lido, a sequência de ações da personagem Alvinho, que antecedem o encontro com “a coisa”.  

12. O Foco Narrativo marca a pessoa do discurso (primeira ou terceira) que o narrador conta a história. No conto “A coisa” tem-se uma narrativa em 1ª ou 3ª pessoa? Justifique com trechos do texto.

13. A Complicação é marcada no início do(s) conflito(s) em que as personagens principais são envolvidas. Qual é o conflito da narrativa lida?

14. A caracterização do espaço é utilizada para compor a ambientação do enredo da narrativa de aventura. Quais são os elementos que marcam esse espaço?

15. No conto lido, há momentos que a autora utiliza travessão (–). Esse uso evidencia

A) a voz do narrador no discurso direto.

B) a fala de uma personagem no discurso direto.

C) término de um parágrafo da narrativa.

D) mudança de assunto na narrativa.

16. O clímax na narrativa lida é marcado em qual trecho?

A) “- Mas meu medo existe! – disse o Alvinho.”

B) “- Tá bem, tá bem, eu vou – disse Dona Julinha – eu vou ver o que é que há…”

C) “- A Coisa! É uma Coisa! Com uma cabeça muito grande, um fogo na boca. É muito horrorosa!”

D) “Foi descendo as escadas devagar, abrindo as janelas que encontrava.”

17.  A finalidade do gênero apresentado no texto “A coisa” é

 A) informar o leitor sobre acontecimentos em uma casa antiga.

 B) provocar emoções no leitor, envolvendo-o nas ações das personagens.

 C) orientar o leitor que fantasmas não existem.

 D) registrar uma história de terror para crianças.

18. A avó Julinha ao dizer ao neto que “Fantasmas não existem” tinha o propósito de

A) fazer o neto descrer na existência de fantasmas.

B) provocar o tio Gumercindo que também tinha medo de fantasma.

C) mostrar ao neto Alvinho que não deveria ir ao porão.

D) fazer todos acreditarem que fantasmas são criaturas sobrenaturais.  

19. Dona Julinha ao abrir a janela revela que

A) “a coisa” vista por Alvinho realmente existia.

B) “a coisa” era uma mentira do neto Alvinho para assustar os outros da casa.

C) “a coisa” era um espelho que ela colocara no porão.

D) “a coisa” era uma invenção do tio Gumercindo.

20. Segundo o conto lido, Dona Julinha guardou o espelho no porão porque

A) temia que ele fosse quebrado.

B) temia que ele atraísse um raio.

C) temia que as crianças brincassem com ele.

D) temia que tio Gumercindo o escondesse.     

Leia a lenda abaixo e responda às atividades 21 a 25.

LENDA DO GUARANÁ

O guaraná é um fruto da Amazônia usado para fazer uma soda ou refrigerante de sabor doce e agradável. É uma bebida bastante popular na Amazônia.

A origem desse fruto é explicada pela seguinte lenda: um casal de índios pertencente à tribo Maués vivia por muitos anos sem ter filhos e desejava muito ter pelo menos uma criança.

Um dia, eles pediram a Tupã uma criança para completar sua felicidade. Tupã, o rei dos deuses, sabendo que o casal era cheio de bondade, lhes atendeu o desejo trazendo a eles um lindo menino.

 O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom. No entanto, Jurupari, o deus da escuridão, sentia uma extrema inveja do menino, da paz e da felicidade que ele transmitia, e decidiu então ceifar aquela vida em flor.

Um dia o menino foi coletar frutos na floresta e Jurupari se aproveitou da ocasião para lançar sua vingança. Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente. A triste notícia espalhou-se rapidamente. Nesse momento, trovões ecoaram na floresta e fortes relâmpagos caíram pela aldeia.

A mãe, que chorava em desespero, entendeu que os trovões eram uma mensagem de Tupã, dizendo que ela deveria plantar os olhos da criança e que deles uma nova planta cresceria dando saborosos frutos. Os índios obedeceram ao pedido da mãe e plantaram os olhos do menino.

Nesse lugar, cresceu o guaraná, cujas sementes são negras e têm um arilo em seu redor, imitando os olhos humanos.  

Disponível em https://www.ufmg.br/cienciaparatodos/wp-content/uploads/2012/06/leituraparatodos/Textos-Leitura-Etapa-3-e-4/e34_62-lendadoguarana.pdf Acesso em 05 de set. de 2022.

21. Conforme a narrativa lida, o guaraná é um fruto da Amazônia. Como é explicada sua origem? 

22. Por que Jurupari resolveu matar o menino?

23.  Releia o trecho “O tempo passou rapidamente e o menino cresceu bonito, generoso e bom” os verbos destacados estão em qual tempo? Explique.

24. O que significaram os trovões para a mãe do menino indígena?

25. No trecho “Ele se transformou em uma serpente venenosa e mordeu o menino, matando-o instantaneamente”. O verbo destacado poderá ser substituído sem alterar o sentido por

A) se manteve.

B) permaneceu.

C) se transfigurou.

D) se mostrou.

Leia o texto abaixo para responder às atividades 26 a 28.

25 DE SETEMBRO – DIA DO TRÂNSITO

O Dia do Trânsito é comemorado anualmente no dia 25 de setembro, em referência ao Código de Trânsito Brasileiro, criado em 1997.

O que é o Dia do Trânsito?

O dia 25 de setembro é o dia em que, nacionalmente, comemora-se o Dia Nacional do Trânsito no Brasil. Esse dia foi escolhido para as comemorações do Dia do Trânsito como uma referência direta ao Código de Trânsito Brasileiro, também conhecido como Lei nº 9503/1997. Essa lei foi aprovada no dia 23 de setembro de 1997 e retificada no dia 25 de setembro.

A proposta dessa lei era estabelecer as diretrizes para a gestão do trânsito no Brasil, como questões sobre infrações e atribuições às instituições responsáveis pelo trânsito no Brasil. A lei nº 9503/97 foi recentemente alterada pela lei nº 13 546/2017. Essa retificação modificou alguns pontos específicos a fim de endurecer a legislação para condutores que conduzam veículos sob efeitos de álcool ou drogas.

É importante deixar bem claro que o entendimento da palavra “trânsito” faz menção a todo o tráfego de pessoas, objetos e animais, que acontece por meio da utilização de algum transporte de locomoção ou por meio da locomoção a pé, tanto em vias públicas como em vias particulares.

                                               Disponível em https://escolakids.uol.com.br/historia/25-setembro-dia-transito.htm Acesso em 05 de set. de 2022 (adaptado).

26. Qual a finalidade do texto acima?

27. Segundo o texto, quais são as diretrizes para gestão do trânsito brasileiro com a implantação do código de leis?

28. Conforme o texto, o que mudou com a alteração da lei nº 13.546/2017 do Código de Trânsito no Brasil?

Leia a tirinha abaixo para responder às atividades 29 e 30.

Disponível em https://www.motonline.com.br/noticia/gibi-da-turma-da-monica-em-prol-da-seguranca-no-transito/ Acesso em 05 de setembro de 2022.

29. Na tirinha lida, no 2º quadrinho, é possível afirmar que Cascão faz referência a quê?

A) Ao Código Brasileiro de Trânsito.

B) Ao trânsito brasileiro de modo geral.

C) À atitude de Cebolinha: beber suco e estragar o controle remoto.

D) Ao fato de não poder brincar mais.

30. No primeiro quadrinho, ao utilizar “TUM”, o quadrinista buscou como recurso

A) uma metáfora – figura de linguagem em que se verifica uma comparação implícita, isto é, sem conjunção ou locução conjuntiva comparativa. 

B) uma hipérbole- utilizada para passar uma ideia de intensidade por meio de expressões exageradas intencionalmente. 

C) uma onomatopeia – reproduz sons ou palavras que imitam os sons naturais, quer sejam de objetos, de pessoas ou de animais.

D) uma aliteração – repetição de sons das consonantes ou sílabas.