AULA 20/2023 – Vida humana fora da Terra - 13/11/2023

Vida e Universo

A origem da vida é um dos assuntos que mais incitam a curiosidade das pessoas. Será que a primeira forma de vida surgiu em nosso planeta ou chegou aqui após ser formada? Há vida fora da Terra? Existe vida inteligente em outro lugar do universo? Será que a vida foi criada por ação divina? A Terra primitiva possuía as condições necessárias para a formação da vida? Várias são as hipóteses que buscam explicar como a vida surgiu e se existe vida fora da Terra.
A origem da vida e a existência de vida extraterrestre vêm sendo focalizadas nos noticiários com grande
intensidade desde os anos 1950, mas de forma crescente nos últimos anos, com a possível detecção de vida microscópica em Marte, e da existência de água em forma de oceanos, sob uma manta congelada, na lua Europa de Júpiter e em Marte. Entre a existência de vida, simplesmente, e a existência de vida inteligente, tem uma enorme diferença: a vida na Terra existe há 3,5 bilhões de anos, mas apenas nos últimos 120.000 anos temos vida inteligente.


Condições que permitem a vida na Terra

A Terra está bem equipada como planeta e ocupa uma posição ideal no nosso Sistema Solar e galáxia para suportar a vida tal como a conhecemos. Resultado de cerca de 4.600 milhões de construção cósmica, a vida no nosso planeta fervilha graças a um conjunto de condições, desde a composição química ideal do nosso núcleo planetário à distância segura do buraco negro que se esconde no coração da nossa galáxia.
Nem todos os planetas possuem as condições necessárias para suportar a vida tal como a conhecemos. Embora se tenham formado oito planetas no Sistema Solar, a Terra é o único no qual sabemos ter surgido e prosperado a vida.
A combinação dos ingredientes certos, no lugar exato, ao redor de uma estrela grande, parece ser fundamental para criar um mundo com vida. Algumas dessas condições são:
* O planeta recicla carbono, substância necessária à vida;
* A camada de ozônio que bloqueia os raios nocivos;
* Uma Lua para estabilizar as oscilações do nosso eixo;
* Superfícies diversificadas suportam muitas formas de vida.

* O campo magnético desvia as tempestades solares;
* A distância certa do Sol;
* Uma distância segura dos gigantes gasosos;
* O Sol é uma estrela estável e duradoura;
* Os ingredientes certos para alojar um núcleo dinâmico;
* Planetas gigantes que nos protegem à distância;
* O nosso Sol protege-nos dos detritos galácticos;
* O trajeto galáctico mantém-nos livres de perigo.


Disponível em: https://tinyurl.com/5p6ddjk e https://tinyurl.com/yxuphbtz. Adaptado. Acesso em 05
de nov. de 2021.

Vida Fora da Terra

Vários meteoritos encontrados na Terra apresentam aminoácidos de origem extraterrestre, indicando que os compostos orgânicos existem no espaço. Embora nenhuma evidência concreta de vida tenha até agora sido encontrada fora da Terra, os elementos básicos para sua existência parecem existir em outros lugares. No meio interestelar, mais de 140 moléculas orgânicas já foram identificadas; compostos orgânicos também foram encontrados na atmosfera de Titan, satélite de Saturno.
A lua Europa, de Júpiter, reúne os elementos fundamentais para a vida: calor, água e material orgânico
procedente de cometas e meteoritos.
Outros indicadores de vida são a detecção de oxigênio e de dióxido de carbono (CO2). Oxigênio é um elemento que rapidamente se combina com outros elementos, de modo que é difícil acumular oxigênio na atmosfera de um planeta, sem um mecanismo de constante geração. Um mecanismo de geração de oxigênio é através de plantas, que consomem água, nitrogênio e dióxido de carbono como nutrientes, e eliminam oxigênio. O CO2 é um produto da vida animal na Terra.
Um grande impulso à astrobiologia foi proporcionado pela descoberta, em 1965, de formas de vida primitiva que sobrevivem em ambientes extremos, os chamados extremófilos. Esses seres, em geral, são unicelulares, mas alguns são pluricelulares. Existem diferentes tipos de extremófilos, dependendo do tipo de condição extrema que suportam: temperatura, pressão, acidez, salinidade, gravidade, radiação, entre outros. Por exemplo, aqui na Terra, já foram encontrados diferentes microrganismos, que vivem nessas condições.

Os planetas que têm essas condições, em geral, são planetas que estejam na zona de habitabilidade de sua estrela, ou seja, a uma distância tal da estrela que a temperatura seja adequada para a existência da água líquida. No sistema solar, apenas a Terra está na zona de habitabilidade do Sol. Vênus já fica muito quente, e Marte já fica muito frio.

Vida Inteligente na Galáxia

Segundo a paleontologia, fósseis microscópicos de bactéria e algas
datando de 3,8 bilhões de anos são as evidências de vida mais remotas na Terra. Portanto cerca de 1 bilhão de anos após a formação da Terra, a evolução molecular já havido dado origem à vida. Desde então as formas de vida sofreram muitas mutações e a evolução darwiniana selecionou as formas de vida mais adaptadas às condições climáticas da Terra, que mudaram com o tempo. A evolução do Homo Sapiens, entretanto, por sua alta complexidade, levou 3,8 bilhões de anos, pois sua existência data de 300.000 anos atrás. O Homo Sapiens só tem cerca de 125.000 anos, e a civilização somente 10.000 anos, com o fim da última idade do gelo. Na Terra foram necessários somente 1 bilhão de anos para a vida microscópica iniciar, mas 4,5 bilhões de anos para a vida inteligente evoluir.

A inteligência, interesse sobre o que está́ acontecendo no Universo, é um desdobramento da vida na Terra, resultado da evolução e seleção natural. A possibilidade de vida inteligente em outros planetas do sistema solar está descartada atualmente, mas como existem 100 bilhões de estrelas na Via Láctea e 100 bilhões de galáxias no Universo, parece altamente improvável que sejamos a única civilização existente. Como procurar essas civilizações?

Telescópios no espaço e na Terra

É preciso um telescópio incrivelmente poderoso para detectar essas mudanças sutis da luz que vem de um exoplaneta potencialmente habitável. Atualmente, o único telescópio capaz dessa façanha é o novo Telescópio Espacial James Webb.
Ao iniciar suas operações científicas em julho de 2022, o James Webb fez uma leitura do espectro do exoplaneta gigante gasoso WASP-96b. O espectro exibiu a presença de água e nuvens, mas é improvável que um planeta grande e quente como o WASP-96b abrigue a existência de vida.

Esses dados iniciais demonstram que o James
Webb é capaz de detectar assinaturas químicas fracas na luz proveniente de exoplanetas. Nos próximos meses, o Webb está programado para voltar seus espelhos em direção ao TRAPPIST-1e, um planeta do tamanho da Terra, potencialmente habitável, a meros 39 anos-luz do nosso planeta.
O Webb pode procurar bioassinaturas estudando
os planetas enquanto eles passam em frente às suas
estrelas e capturando a luz estelar filtrada através da
atmosfera do planeta. Mas o telescópio não foi projetado para procurar vida, de forma que ele somente é capaz de examinar alguns dos mundos potencialmente habitáveis mais próximos.

O Webb pode apenas detectar alterações dos níveis atmosféricos de dióxido de carbono, metano e vapor d’água.
Embora algumas combinações desses gases possam sugerir a existência de vida, ele não é capaz de detectar a presença de oxigênio livre, que é o seu indicador mais forte.

Os principais conceitos para os futuros telescópios espaciais, ainda mais potentes, incluem planos de bloquear a luz brilhante das estrelas para revelar a luz estelar refletida por cada planeta. Esta ideia é similar a usar a sua mão para bloquear a luz do sol, para enxergar melhor à distância.
Para isso, os telescópios espaciais do futuro poderão usar pequenas máscaras internas ou aeronaves externas grandes em forma de guarda-chuva. Bloqueando a luz estelar, fica muito mais fácil estudar a luz refletida por um planeta.
Existem também três enormes telescópios terrestres atualmente em construção que poderão pesquisar
bioassinaturas. Eles são o Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) e o Telescópio Europeu Extremamente Grande (E-ELT), ambos no Chile; e o Telescópio de Trinta Metros, no Havaí.
Todos eles são muito mais poderosos que os telescópios existentes atualmente na Terra. Por isso, mesmo com as dificuldades causadas pela atmosfera terrestre (que distorce a luz vinda das estrelas), esses telescópios podem conseguir sondar a atmosfera dos mundos mais próximos em busca de oxigênio.


Disponível em: https://tinyurl.com/5p6ddjk e https://tinyurl.com/yxuphbtz e < https://www.bbc.com/portuguese/geral-62224352>. Adaptado. Acesso em 27 de out. de 2022.

ATIVIDADES

1. Se tivéssemos que escolher um outro planeta para ser colonizado por nós, seres humanos, quais características deveríamos considerar para fazer essa escolha? Cite ao menos três dessas características.

2. A vida na Terra tem uma enorme variedade de_________ , e é resultado de uma sequência natural de evolução _________ e biológica da matéria pré-existente, regida pelas leis _________.
Qual das alternativas a seguir completa corretamente o trecho acima?

3. A zona habitável do Sol se estende de 118 079 825 km até 220 428 665 km.
Sobre esse conceito são feitas as seguintes afirmações:
I – A Terra, o terceiro planeta a partir do sol, é o único planeta conhecido por abrigar seres vivos por estar em uma zona habitável.
Por que
II – Está a uma distância da estrela ou estrelas que orbitam em que a sua temperatura não é nem demasiado alta nem
demasiado baixa e há atmosfera e água sob o estado líquido à sua superfície.
A respeito dessas afirmações, assinale a opção correta.
A) As afirmações I e II são falsas.
B) A afirmação I é uma afirmação verdadeira, e a II é uma afirmação falsa.
C) As afirmações I e II são afirmações verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
D) As afirmações I e II são afirmações verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.

4. Nem todos os planetas possuem as condições necessárias para suportar a vida tal como a conhecemos. A busca de vida fora da Terra está vinculada ao conceito de habitabilidade. Cite algumas das condições necessárias para que tenham vida em um planeta.

5. A origem da vida na Terra é um tema que intriga a humanidade há muito tempo. A Terra tem, aproximadamente, 4,6 bilhões de anos, entretanto, essa idade não coincide com o surgimento de vida no planeta.
A hipótese que afirma que a vida não surgiu em nosso planeta, mas fora dele é conhecida por

6. “É impossível que haja vida fora da Terra.” Essa afirmativa está correta? Justifique sua resposta.

7. O estudo da possibilidade de vida (microbiana ou não) fora da Terra, o que inclui o estudo da vida em outros planetas, luas de planetas e em nuvens interestelares é conhecido como

8. Analise as afirmações a seguir relacionadas às pesquisas sobre a Astrobiologia.
I – A astrobiologia busca compreender a origem, evolução, futuro e distribuição da vida na Terra.
II – A astrobiologia conta com a ajuda de outras áreas como biologia, astronomia, física, geografia, ciências planetárias, por exemplo.
III – As evidências sobre a vida fora da Terra cresceram muito nos últimos anos, graças a tecnologias que ajudaram, até agora, a confirmar a existência de muitos exoplanetas.
Quais estão corretas?

9. Organismos peculiares em vários aspectos são objeto de interesse da Astrobiologia. Esses seres vivem em ambientes bastante diversificados, como aqueles encontrados em camadas de gelo, que se banham em ácido sulfúrico ou que vivem em situações de hipersalinidade. Essas formas de vida primitiva que sobrevivem em ambientes extremos, são chamadas de

10. Utilize as palavras indicadas no quadro para completar o texto a seguir sobre as condições para a existência da vida:

A Terra encontra-se em uma _________ distante de multidões de estrelas. Há poucas estrelas perto do
Sol, reduzindo os riscos de a Terra sofrer abalos _________ , erupções de raios gama ou _________ de estrelas
denominadas _________.