Os processos de descolonização na África e na Ásia – 9º ano – 6ª quinzena – 3º ciclo – AULA e IMPRESSÃO - 19/11/2020

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Vamos ler o texto a seguir e refletir sobre o tema

Descolonização da África e da Ásia

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O fim da Segunda Guerra trouxe o declínio dos impérios coloniais europeus e o início da descolonização da África e da Ásia. Para ampliar suas áreas de influência, os EUA e a URSS apoiaram os movimentos de independência.

Causas da descolonização: Entre 1945 e 1970 os territórios africanos e asiáticos que constituíam parte dos impérios europeus passaram por um processo de descolonização (independência política).  As causas desse processo foram bastante variadas:

A Segunda Guerra Mundial significou o fim da hegemonia econômica e militar europeia no mundo, pois, completamente destroçados, os países europeus já não podiam manter impérios coloniais.

Os movimentos nacionalistas emergentes das colônias foram reforçados pela Carta das Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico.

O início da Guerra Fria também foi outra grande influência: os Estados Unidos e a União Soviética apoiaram os movimentos de independência para influenciar os novos governos e a população, atraindo-os para seus respectivos blocos.

Características do processo: O processo de descolonização teve três características principais:

  • Ocorreu integralmente entre 1946 e 1975, embora os períodos mais intensos tenham sido entre 1947 e 1948 e entre 1957 e 1965.
  • Na maioria dos países havia partidos políticos que organizaram o processo de independência. Muitos desses partidos – alguns de orientação socialista – surgiram no período entreguerras, aumentando sua força e sua militância a partir de 1945.
  • A população foi incentivada a pensar que a independência era a única maneira de sair da miséria.
  • Destacaram-se líderes carismáticos, que mobilizaram as massas. Foi o caso de Gandhi, na Índia, Ho Chi Mính, na Indochina, Sukarno, na Indonésia, e Lumumba, no Congo.

A descolonização afro-asiática: Na Ásia, o processo de descolonização variou de acordo com a região e o tipo de colonização.

A independência da península do Hindustão, por exemplo, foi pacífica, graças à liderança de Gandhi, e aceita pela Grã-Bretanha. Deu origem primeiramente a dois países, Índia e Paquistão, e, depois, a um terceiro, Bangladesh.

Outros países, entretanto, tiveram de sofrer violentas guerras de libertação para conquistar a independência: foi o caso da Indochina francesa, da qual surgiram o Vietnã, o Laos e o Camboja, e da Indonésia, que se libertou da Holanda.

Descolonização na África: Na África também houve diferenças:

No norte do continente destacou-se o caso da Argélia, que enfrentou a França em uma guerra sangrenta. Já na África portuguesa – Angola e Moçambique – a independência foi alcançada através de luta armada. Na África Subsaariana, a independência da maioria das colônias foi, em geral, pacífica e determinada por meio de pactos. Contudo, o estabelecimento das fronteiras não levou em conta as divisões tribais, o que tem acarretado trágicos problemas decorrentes das lutas entre as etnias.

A grande maioria dos países africanos se tornou independente após o término da 2ª Guerra Mundial. As ex-colônias portuguesas foram as últimas a se tornarem independentes. As independências foram acompanhadas de projetos socialistas a partir da década de 1970.

As consequências da descolonização

Mapa da África e da Ásia com os períodos que cada país foi descolonizado. Fases da descolonização da África e da Ásia

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A descolonização não significou apenas a independência política das colônias. Implicou também a autonomia diante de uma série de problemas que marcaram o progresso desses países e que, em muitos casos, ainda não foram resolvidos.

As economias dos países africanos e asiáticos dependiam fortemente dos capitais e investimentos externos, não consolidando um processo autônomo de desenvolvimento interno.

Na maioria dos casos, a situação econômica deteriorou-se progressivamente.

  • A maior parte dos países, sobretudo os africanos, sofre de instabilidade política devido a frequentes guerras civis, golpes de Estado e ditaduras militares.
  • O crescimento demográfico, a estagnação econômica, as epidemias e as guerras étnicas deterioraram seriamente o padrão de vida de boa parte dos afro-asiáticos.
  • Os sucessivos desastres naturais – secas, inundações, tufões, tsunamis – têm ocasionado terríveis catástrofes humanas em várias regiões da África e da Ásia.
  • A maioria dos países africanos e asiáticos passou a fazer parte do Terceiro Mundo (conjunto de países subdesenvolvidos). A ausência de políticas adequadas e de programas de cooperação às vezes faz com que eles se distanciem cada vez mais do mundo desenvolvido.

Disponível:< https://www.coladaweb.com/historia/descolonizacao-da-asia-e-da-africa> acesso 25 de setembro de 2020.[adaptado]

Vamos assistir ao vídeo complementar sobre o conteúdo:

Disponível: < https://www.youtube.com/watch?v=EdTJx3Sy9hU > acesso 24 de setembro de 2020.

1- O fim da Segunda Guerra trouxe o declínio dos impérios coloniais europeus e o início da descolonização da África e da Ásia. Sobre o processo de descolonização da África, assinale (V) para as alternativas verdadeiras e (F) para as falsas/Fake.

a) (  ) A grande maioria dos países africanos se tornou independente após o término da 2ª Guerra Mundial.

b) (  ) A opção pela luta armada foi responsável pela independência de todas as colônias.

c) (  ) As ex-colônias portuguesas foram as últimas a se tornarem independentes.

d) (  ) As independências foram acompanhadas de projetos socialistas a partir da década de 1970.

Disponível:< https://suportegeografico77.blogspot.com/2019/10/questoes-sobre-descolonizacao-da-africa.html> acesso 25 de setembro de 2020.[adaptada]

2. A descolonização não significou apenas a independência política das colônias. Implicou também a autonomia diante de uma série de problemas que marcaram o progresso desses países e que, em muitos casos, ainda não foram resolvidos. Identifique quais foram as principais consequências da descolonização na África:

O Mundo Pós-Guerra Fria

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O mundo pós-Guerra fria é marcado por várias características, entre as quais se destacam a nova divisão com a questão multipolar, o neoliberalismo, a globalização e os blocos econômicos.

                                               Ordem mundial da Guerra-fria

Para entender a ordem mundial atual, é necessário recordar a velha ordem mundial no período de 1945 a 1989, marcada pela Guerra Fria entre o socialismo soviético e o capitalismo estadunidense, sendo o mundo bipolar ou dualista. Nessa ordem, a divisão do mundo era:

Países do Primeiro Mundo ou desenvolvidos: marcados pela industrialização clássica (Primeira e Segunda Revoluções Industriais) e por elevado nível de vida, com baixas taxas de natalidade e mortalidade. Exemplos: EUA, Japão, Alemanha Ocidental, …

Países do Segundo Mundo ou socialistas planificados: marcados pelo controle estatal na economia e por regimes autoritários. Exemplos: União Soviética, Cuba, Polônia, China, Alemanha Oriental…

Países do Terceiro Mundo ou subdesenvolvidos: marcados pela colonização de exploração no início do capitalismo, predominando elevadas taxas de natalidade e mortalidade. Exemplos: Brasil, Paraguai, África do Sul, Índia, Arábia Saudita…

Ordem mundial pós Guerra-fria

Para entender o mundo moderno e prever as tendências econômicas, é importante aprofundar o conhecimento sobre as características principais dessa nova ordem.

Nova Ordem Mundial é a lógica internacional da ordem de poder entre os Estados nacionais no período que sucede a Guerra Fria. A ordem mundial atual pode ser destacada pela consolidação dos Estados Unidos como a grande potência militar e a presença desse país ao lado de outras lideranças (UE e China) que se apresentam como grandes potências econômicas.  A Nova Ordem Mundial é caracterizada pela unimultipolaridade, uma vez que temos a supremacia dos Estados Unidos no campo bélico e político, e a emergência de várias potências no campo econômico: China, União Europeia, Japão e o próprio EUA.

A nova ordem mundial estabeleceu-se a partir da crise do socialismo real (Segundo Mundo), que teve como ápice a queda do Muro de Berlim e a unificação das Alemanha sob a economia capitalista de mercado e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em quinze novos países que passaram, então, por um processo de transição para o capitalismo.

Esses acontecimentos cruciais ao Segundo Mundo representaram o momento de transição do socialismo real (representado pelo Estado totalitário e pela economia planificada) para a economia capitalista em quase todos os países socialistas. Desaparece, portanto, a estrutura bipolar da ordem da Guerra Fria e inicia-se uma nova ordem sob a hegemonia do capitalismo.

Nesse mundo pós-Guerra fria, surge uma famosa polêmica: mundo monopolar ou multipolar. Observando a charge, o tio Sam, sím­bolo do american way of life, reforça a polêmica:

A ordem pós-Guerra fria é monopolar para aqueles que acreditam na supremacia militar, ou seja, os EUA como superpotência militar única e, portanto, hegemônica. A argumentação ganhou reforço após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando os EUA atacaram o Afeganistão (2001/2002) e o Iraque (2003), alegando uma ofensiva contra o terrorismo mundial (“eixo do mal”).

Para a maioria dos intelectuais, a ordem pós-Guerra fria é multipolar, tomando como referencial o fator econômico, enfatizando três grandes centros de poder: EUA, Japão e União Europeia. A argumentação reforça-se com o aumento da participação da China no comércio mundial.

Observa-se, pelo mapa abaixo, a nova divisão do mundo em Norte rico e Sul pobre.

Mapa representa a divisão econômica do espaço mundial pós-Guerra fria.

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O mapa mostra uma proposta de divisão do mundo de acordo com a Nova Ordem Mundial: o Norte, formado pelos países ricos ou desenvolvidos, e o Sul, composto de nações pobres ou subdesenvolvidas.

Essa proposta não obedece a um critério de posição geográfica, pois, cartograficamente, a divisão em hemisférios, feita pela linha do Equador, não é levada em conta.

O bloco Norte caracteriza-se pela predominância de países industrializados, com elevada urbanização, elevado produto interno bruto e boas condições de vida da população.

Já o bloco Sul seria composto de nações mais pobres, em sua maior parte não-industrializadas, com baixa urbanização e base econômica agro mineradora. Dentro desse grupo, podemos destacar algumas subdivisões, isto é, países industrializados, países agro mineradores e países marginalizados ou excluídos.

Disponível:< https://www.coladaweb.com/geografia/o-mundo-pos-guerra-fria> acesso 25 de setembro de 2020. [adaptada]

Vamos assistir ao vídeo complementar sobre o conteúdo:

Disponível:< https://www.youtube.com/watch?v=TKRZQ-Wbuj8> acesso 25 de setembro de 2020.

3- O mundo pós-Guerra fria é marcado por várias características, entre as quais se destacam a nova divisão com a questão multipolar, o neoliberalismo, a globalização e os blocos econômicos. Explique o que significa a expressão “Nova Ordem Mundial” e aponte as suas principais características.

4. Para entender a ordem mundial atual, é necessário recordar a velha ordem mundial no período de 1945 a 1989, marcada pela Guerra Fria entre o socialismo soviético e o capitalismo estadunidense, sendo o mundo bipolar ou dualista. Nessa ordem, explique como era a divisão do mundo.

5. A ordem mundial atual pode ser destacada pela consolidação dos Estados Unidos como a grande potência militar e a presença desse país ao lado de outras lideranças (UE e China) que se apresentam como grandes potências econômicas. Se seguirmos essa linha de raciocínio, podemos dizer que vivemos em um mundo:

a) (  ) unipolar

b) (  ) unimultipolar

c) (  ) pluropolar

d) (  ) bélico-econômico

Disponível:< https://exercicios.mundoeducacao.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-nova-ordem-mundial.htm#resposta-1203> acesso 25 de setembro de 2020.[adaptada]

Vamos ler outro texto:

O que é Política Econômica?

Denomina-se política econômica um conjunto de medidas tomadas pelo governo de um país com o objetivo de atuar e influir sobre os mecanismos de produção, distribuição e consumo de bens e serviços.

 Embora dirigidas ao campo da economia, essas medidas obedecem também a critérios de ordem política e social – na medida em que determinam, por exemplo, que segmentos da sociedade se beneficiarão das diretrizes econômicas emanadas do Estado.

O alcance e o conteúdo de uma política econômica variam de um país para outro, dependendo do grau de diversificação de sua economia […] do grau de atuação dos grupos de pressão como os partidos, sindicatos, associações de classe e movimentos de opinião pública. Finalmente, a política econômica depende da própria visão que os governantes têm do papel do Estado no conjunto da sociedade.

Disponível:< https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/wAv7Uwq8JfQSpeHS4kuBkcverR97bXwwGPtuRYU88eV4b8wmPxGjhCZcts9g/his9-34und03-contexto-o-que-e-politica-economica.pdf> acesso 25 de setembro de 2020. [adaptado]

Por que a América Latina é a ‘região mais desigual do planeta’

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Quem mora em Paraisópolis, uma das maiores favelas da cidade, vive em média 10 anos menos do que os moradores do Morumbi (Foto: TUCA VIEIRA/BBC)

 A América Latina é tão desigual que uma mulher em um bairro pobre de Santiago, capital do Chile, nasce com uma expectativa de vida 18 anos menor que outra de uma área rica da mesma cidade, segundo um estudo.

Em São Paulo, essa lógica também ocorre. Quem mora em Paraisópolis, uma das maiores favelas da cidade, vive em média 10 anos menos do que os moradores do Morumbi, bairro rico ao lado da comunidade, de acordo com o Mapa da Desigualdade, da ONG Rede Nossa São Paulo, que compila dados públicos.

A grande disparidade latino-americana também envolve a cor da pele ou a etnia: em comparação com os brancos, os negros e indígenas têm mais possibilidades de ser pobres e menos de concluírem a escola ou conseguirem um emprego formal.

A América Latina foi apontada como a região do mundo com a maior desigualdade de renda no relatório de desenvolvimento humano de 2019 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), lançado em dezembro.

Os 10% mais ricos da América Latina concentram uma parcela maior da renda do que qualquer outra região (37%), afirmou o relatório. E vice-versa: os 40% mais pobres recebem a menor fatia (13%).

Muitos têm apontado essa desigualdade como uma das explicações para a onda de protestos que varreu recentemente alguns países da América Latina, como Chile, Peru e Bolívia.

Apesar dos avanços econômicos e sociais nos primeiros anos deste século, a América Latina ainda é “a região mais desigual do planeta”, alertou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) em várias ocasiões.

A questão, então, é porque esse cenário ainda continua. A resposta, segundo historiadores, economistas e sociólogos, começa alguns séculos atrás.

Uma história antiga

Segundo Stiglitz, a exploração dos colonizadores semeou a desigualdade na América Latina, bem como a distribuição desigual de terras nas economias agrárias contribuiu para “a criação de algumas famílias muito ricas e muitas famílias muito pobres”.

Em vários países da América Latina, assim como nos Estados Unidos, um grande elemento racial desempenhou um papel em pelo menos uma dimensão da desigualdade”, diz o ex-economista-chefe do Banco Mundial e atual professor da Universidade de Columbia, em Nova York.

E isso parece longe de ser apenas uma questão do passado. Na América Latina, a incidência de pobreza é ainda maior nas áreas rurais, e entre indígenas e negros, afirmou a Cepal em relatório de 2019 sobre o cenário social da região.

Disponível:< https://epocanegocios.globo.com/Mundo/noticia/2020/02/por-que-america-latina-e-regiao-mais-desigual-do-planeta.html> acesso 25 de setembro de 2020.[adaptada]

6. Vivemos tempos em que a desigualdade é um tema de grande impacto no debate político. Dentro da expansão do liberalismo econômico, no início do século XXI, um dos maiores problemas apresentados tem sido a desigualdade social. Sobre este assunto observe a charge abaixo e responda, marcando a alternativa correta.

a) (   ) A charge mostra a desigualdade social causada pela falta de planejamento familiar, em que ter mais de um filho significa miséria.

 b) (   ) A desigualdade ainda é um fruto de políticas assistencialistas como: o programa Bolsa Família, em que as pessoas buscam se beneficiar por intermédio dos filhos para aumentar a renda.

 c) (  ) No atual conjuntura, as pessoas se tornaram indiferentes aos problemas sociais, a exemplo disto, tem-se: o carro com vidros fechados e escuros, um pai que não se sensibiliza ao deparar-se com uma mulher pedindo ajuda.

 d) (  ) A charge retrata a desigualdade trazida pelo liberalismo econômico, pois os mais pobres enfrentam dificuldades de acesso ao emprego e à renda, tendo assim, que pedir no semáforo.

Disponível:< https://enem.estuda.com/questoes/?id=441735> acesso 25 de setembro de 2020. [adaptado]

Se você quiser, você pode imprimir essa aula!!

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