Revisão do 2º Corte – Geografia – 7º Ano – Atividade 11 - 16/06/2021

ATIVIDADES

Leia o texto a seguir. Depois, responda às questões 1, 2 e 3.

IBGE e os Estados do Brasil

Aprendi, na década de 60, que o Estado de São Paulo fazia parte da região Sul. Minas estava na região Leste, assim como a Bahia, o Rio, o Espírito Santo e Sergipe. Certo dia, um professor, já na década de 70, disse que São Paulo estava no Sudeste, bem como o Espírito Santo, o Rio de Janeiro e Minas Gerais. Fiquei chocado. Os Estados mudaram de posição e eu nem havia percebido. Algum tempo depois, mais crescidinho, ouvi dizer que o responsável por tamanha “agressão” foi um tal de IBGE, e só bem mais tarde descobri o que a sigla significava e que os Estados não se haviam movimentado. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística tem entre suas atribuições elaborar as divisões regionais do território brasileiro. Elas são feitas com diversos níveis de abrangência, e as cinco maiores são chamadas de macrorregiões.

MELGAR, Eder. O IBGE e os Estados do Brasil. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/fovest/fo0805200319.htm>.
Acesso em: 3 jul. 2018.

A finalidade básica dessas divisões é viabilizar a agregação e a divulgação de dados estatísticos sobre os mais variados temas, como população residente, produção econômica e saúde. A divisão atual, com cinco grandes regiões, foi criada em 1970 e sofreu algumas adaptações. Uma delas ocorreu em 1977, quando o Centro-Oeste passou a ter mais um Estado, resultante do desmembramento de Mato Grosso, que se chamou Mato Grosso do Sul. As últimas ocorreram na Constituição de 1988, como a criação do Estado do Tocantins, que, desmembrado de Goiás, passou a integrar a região Norte. Há uma dinâmica no processo de regionalização. A divisão vigente reflete mudanças decorrentes do processo de industrialização das décadas de 50 e 60, que se caracterizou por concentrar a infraestrutura e os meios de produção nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, delineando a região Sudeste, que acaba agregando o Espírito Santo por conta de sua estrutura portuária e posição geográfica.

Mapas – Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia de-noticias/noticias/19383-dividir-para-conhecer-as-diversas-divisoes-regionais-do-brasil Acesso em: 25 de maio de 2021

1. Segundo o autor, certos estados “mudaram de posição” para a criação da Região Sudeste. Por que isso ocorreu?

2. Segundo o autor, qual a “finalidade básica” das divisões do território brasileiro elaboradas pelo IBGE?

3. Entre os estados da Região Sudeste, qual deles é o que possui a menor população absoluta? Segundo o autor, quais foram os critérios que o IBGE usou para manter esse estado no Sudeste?

Leia o texto e a imagem a seguir.

UMA NOVA VISÃO

O geógrafo Milton Santos e a professora Maria Laura Silveira propuseram uma nova regionalização do Brasil, baseada em quatro regiões ou em “quatro Brasis”. O critério principal definidor dessa nova regionalização foi o do “meio técnico-científico-informacional”, isto é, a “informação” e as “finanças” estão irradiadas de maneiras desiguais e distintas pelo território brasileiro, determinando “quatro Brasis”.

ALMEIDA, Lúcia Marina A. de; RIGOLIN, Tércio B. Geografia. São Paulo: Ática. 2002. p. 386. (Série Novo Ensino Médio)

4. Considerando o texto e o mapa acima, que apresentam essa regionalização, relacione a segunda coluna com a primeira.

1. Região Amazônica(        ) Região de ocupação recente, apresenta uma agricultura moderna mecanizada e produtiva.
2. Região Nordeste(        ) Região com baixa densidade técnica e demográfica.
3. Região Concentrada(        ) Região que concentra maior população, maior número de indústrias, portos e aeroportos, rodovias e infovias, maiores centros urbanos e universitários, entre outros.
4. Região Centro-Oeste(        ) Região cuja agricultura apresenta uma mecanização inferior à da região Centro-Oeste e à da região Concentrada.

Agora, marque a alternativa com a sequência CORRETA:

a) (    ) 3 2 4 1b) (    ) 1 4 3 2c) (    ) 2 3 4 1d) (    ) 4 1 3 2
Fonte: elaborado com base em IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. p. 114.

Densidade demográfica: é o índice que expressa a quantidade de indivíduos de uma população por unidade de área, ou seja, o número de habitantes por quilômetro quadrado (hab./km2). Um mapa de densidade demográfica mostra como se distribui a população num determinado espaço. A população brasileira, em geral, se concentra numa faixa litorânea desde o norte do país (Belém) até o sul (Porto Alegre), havendo poucas áreas interioranas bastante povoadas – apenas algumas faixas ao redor de Manaus, Brasília e Goiânia, Belo Horizonte, sudeste de Minas e interior de São Paulo e dos três estados sulinos.

De acordo com o mapa Brasil: densidade demográfica (2010), responda a questão a seguir:

5. Onde a população se concentra: na faixa litorânea ou no interior? Você conhece algum fator que explique a concentração da população brasileira nessa porção do território?

6. As áreas de grande concentração de população correspondem a áreas mais devastadas? Dê exemplos.

7. Todas as áreas devastadas correspondem a áreas de grande concentração de população? Na sua opinião, por que isso ocorre?

As indústrias geraram riquezas para São Paulo e para outras cidades do país, mas também trouxeram problemas; e um deles é o lixo industrial.

Para compreender esse cenário, leia o texto abaixo.

Classificação, origem e características do lixo

[…] originado nas atividades dos diversos ramos da indústria, tais como: o metalúrgico, o químico, o petroquímico, o de papelaria, da indústria alimentícia, etc.

O lixo industrial é bastante variado, podendo ser representado por cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papel, madeira, fibras, borracha, metal, escórias, vidros, cerâmicas. Nesta categoria, inclui-se grande quantidade de lixo tóxico. Esse tipo de lixo necessita de tratamento especial pelo seu potencial de envenenamento.

AMBIENTE BRASIL. Classificação, origem e características do lixo.

Disponível em <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/residuos/classificacao,_origem_e_caracteristicas.html>. Acesso em: 5 abr. 2018.

Agora, responda:

8. Segundo o texto, por que o lixo tóxico necessita de tratamento especial?

9. Na sua opinião, o que acontece com o meio ambiente quando o lixo industrial não recebe o destino correto?

A agropecuária na região Centro-Oeste:
limitações ao desenvolvimento e desafios futuros

O Brasil é, atualmente, um dos principais produtores agrícolas do mundo. Nas últimas décadas, a produção agrícola brasileira cresceu significativamente, seja por meio do aumento de produtividade devido a modificações tecnológicas introduzidas no sistema produtivo seja pela incorporação de novas áreas de produção àquelas já exploradas. Parte considerável desse dinamismo ocorreu em atividades agropecuárias desenvolvidas na região Centro-Oeste. Até meados da década de 1970, praticamente as únicas atividades desenvolvidas na região eram a pecuária extensiva de baixa produtividade e o cultivo de pequenas lavouras com gêneros alimentícios de subsistência. A partir do final da década de 1960 e, com intensidade crescente, no decorrer da década de 1970, o bioma Cerrado, que recobre quase toda a região, foi sendo ocupado por médios e grandes empreendimentos agropecuários. Inicialmente, a incorporação de extensas áreas para o cultivo de soja liderou esse processo de ocupação do Centro-Oeste; depois vieram outras culturas como milho e feijão; e, mais recentemente, a cana-de-açúcar começou a se expandir pela região.

Todo esse processo foi acompanhado por transformações ocorridas fora do ambiente produtivo das fazendas. Parte do sucesso da ocupação das terras da região para o desenvolvimento de atividades agropecuárias pode ser creditada, entre outros fatores, ao intenso e bem-sucedido trabalho das instituições de pesquisa públicas para desenvolver novas tecnologias adaptadas às condições edafoclimáticas regionais. Instituições como, por exemplo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), criada em 1974, foram eficientes em desenvolver variedades vegetais adaptadas às condições de clima e solo regionais, especificamente ao clima mais seco do que o existente nas regiões Sul e Sudeste e solos de baixa fertilidade natural. Além disso, a partir principalmente da década de 1970, vários mecanismos de subsídio foram criados pelo governo militar para incentivar a ocupação da região. […]

* Condições edafoclimáticas: condições relacionadas ao solo e ao clima.

CASTRO, Cesar Nunes. A agropecuária na região Centro-Oeste: limitações ao desenvolvimento e desafios futuros. Ipea. Disponível em: <http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/2655/1/TD_1923.pdf>. Acesso em: 10 out. 2018

10. De acordo com o texto, quais os fatores que possibilitaram o crescimento da produção agrícola brasileira nas últimas décadas?

11. De acordo com o mapa, os solos da região Centro-Oeste apresentam alta fertilidade?

12. De acordo com o texto e com o que você estudou nesta unidade, como a região Centro-Oeste se transformou em grande produtora agrícola do país, tendo solos com baixa fertilidade?

13. Apesar de colocar o país em posição de destaque no mercado internacional, a expansão das atividades agrícolas na região Centro-Oeste gerou impactos ao meio ambiente. Cite pelo menos um deles.

Uma das consequências da industrialização é o aumento do consumo. Principalmente nos ambientes urbanos, muitas pessoas acabam adotando um modo de vida em que o consumo exagerado de uma série de produtos, muitas vezes supérfluos, se torna comum. Essa prática é conhecida como consumismo. Sobre isso, responda:

14. Qual é a diferença entre consumo e consumismo?

15. Em sua opinião, o consumismo faz bem para as pessoas? Por quê?

Leia o texto a seguir.

A guerra fiscal é justificada pelos Estados como uma maneira eficiente de atrair investimentos. Em troca, abrem mão de parcelas do ICMS, principal fonte de recursos de todos os governos estaduais.

RODRIGUES, Lorenna. São Paulo critica projeto para fim da ‘guerra fiscal’. O Estado de S. Paulo. 6 jul. 2017. Disponível em: <https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,sao-paulo-critica-projetopara-fim-da-guerra-fiscal,70001878659>. Acesso em: 14 out. 2018.

16. Qual é o aspecto positivo da guerra fiscal? E o negativo? Justifique.

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