Revisão do 2º Corte – Geografia – 8º Ano – Atividade 11 - 16/06/2021

ATIVIDADES

Falando sobre conflitos territoriais, terras Indígenas e remanescentes de quilombos sofrem com a invasão praticada por agricultores, garimpeiros e madeireiros, entre outros, o que frequentemente provoca sérios conflitos. Leia o trecho a seguir, publicado pelo Instituto Socioambiental, sobre os problemas relacionados à mineração em Terras Indígenas.

Garimpo ilegal na Terra Indígena Munducuru, no Pará, em 2017

Por que não minerar em Terras Indígenas?

A mineração é uma atividade altamente impactante, podendo contaminar os cursos d’água, o solo e a fauna e flora locais. Além disso, historicamente, expõe os povos indígenas diretamente afetados a situações de violência. Por isso, mesmo atualmente não sendo permitida em Terras Indígenas, a exploração minerária é uma ameaça constante a esses territórios – e aos povos que neles vivem. Atualmente, 177 Terras Indígenas no Brasil têm incidência de mais de 4 mil processos minerários; no total, são 44 mil processos minerários na Amazônia Brasileira.

Terra Indígena Roosevelt

A mineração e o garimpo ilegais nessa terra dos Cinta Larga, entre Rondônia e Mato Grosso, tem gerado conflitos e mortes desde os anos 1950, mas a grande invasão aconteceu nos anos 2000. Desativado várias vezes pelos Cinta Larga, o mega-garimpo de Lajes levou 5 000 garimpeiros à TI (Terra Indígena) em 2004 e, ainda hoje, mais de 500 exploram diamantes na TI.

POR QUE não minerar em Terras Indígenas. Terras Indígenas no Brasil. Disponível em: <https://terrasindigenas.org.br/pt-br/node/41>. Acesso em: 12 jul. 2018.

1. A mineração compromete o modo de vida dos povos indígenas? Por quê?

2. Qual é a importância da demarcação de terras para os povos indígenas e de comunidades remanescentes de quilombos?

Leia o texto a seguir. Depois, faça o que se pede.

Exploração da borracha

[…] Armados de facão, vestindo roupas simples e carregando alimento suficiente apenas para não morrer de fome, lá iam os seringueiros se aventurar na mata atrás da goma elástica.

A comida de que os seringueiros precisavam era fornecida, a crédito, pelo seringalista, o dono das terras cultivadas. Os preços, sempre muito altos, geravam uma dívida eterna para os trabalhadores, que usavam praticamente todo o salário para pagá-la ao patrão.

Enquanto o Brasil despontava como maior fornecedor mundial de borracha, os países ricos promoviam expedições à Amazônia. […]

Foi numa dessas aventuras que, em 1876, o inglês Henry Wickham enviou à Grã-Bretanha milhares de sementes de seringueira. Não demoraria mais de 50 anos para que a riqueza de Belém trocasse de mãos. A seringueira era uma árvore de difícil cultivo. Os brasileiros optaram por apoiar-se apenas no extrativismo, que tinha custo baixíssimo. Com a explosão da indústria automobilística, no início do século XX, europeus e americanos precisavam cada vez mais de borracha para carros e pneus. A insistência no método mais primitivo de produzir fez com que o Brasil se tornasse incapaz de atender a essa crescente demanda. Enquanto isso, a tentativa britânica de plantar seringueiras, levada a cabo na Ásia, havia se provado um sucesso tremendo. A planta pegou tão bem que, em um intervalo de dez anos, entre 1909 e 1919, a produção asiática pulou de 3 685 toneladas para 381 860 toneladas anuais. Nessa mesma época, a produção brasileira não passava de 35 mil toneladas. […]

ZENTI, Luciana. Ciclo da borracha: Paris tropical. Aventuras na História, São Paulo, nov. 2006.

Disponível em: <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/acervo/ciclo-borracha-paris-tropical-434959.phtml>. Acesso em: 30 jul. 2018.

3. O texto cita uma relação de trabalho que existe até hoje em alguns lugares do Brasil. Explique como ela funciona.

4. Por que os produtores de borracha da Ásia suplantaram os produtores brasileiros?

Observe o mapa a seguir sobre a formação territorial dos Estados Unidos.

Fonte: elaborado com base em DUBY, Georges. Grand atlas historique. Paris: Larousse, 2004. p. 304

5. Em que período ocorreu a maior expansão territorial do país?

6. A expansão empreendida pelos EUA rumo ao oeste do continente foi fundamentada em uma ideia de que os povos de origem anglo-saxônica supostamente seriam predestinados por Deus para ocupar o território americano.

Qual o nome dado a esta ideia?

a) (    ) Doutrina Monroe.

b) (    ) Destino Manifesto.

c) (    ) América para os Americanos.

d) (    ) Aliança para o Progresso.

O “Progresso Americano”, de John Gast (1872). Onde o progresso, representado pela mulher de vestes brancas, expulsa os indígenas e a “vida selvagem”, trazendo consigo a sociedade moderna norte-americana.
Disponível em: http://sergiohistoria.blogspot.com/2010/10/2o-ano-o-destino-manifesto.htm Acesso em 28 de mar. de 2020.

Os EUA se tornaram uma potência econômica mundial na primeira metade do século XX, superando Inglaterra, França e Alemanha, mantendo este posto até o início do século XXI.

7. Qual fato histórico catalisou este processo no início do século XX?

8. Qual outro país se aproximou do poderio econômico e militar dos EUA após a Segunda Guerra Mundial?

Uncle Sam (Tio Sam), símbolo do nacionalismo norte-americano em uma ilustração desenvolvida sob o contexto da 1ª Guerra Mundial. Na legenda lê-se “Quero que você entre para o exército americano, no local de recrutamento mais próximo”.

Disponível em: https://inglesnarede.com.br/dicas/uncle-sam-origens-significados/Acesso em: 01 de jun de 2021

Analise os gráficos a seguir e depois responda as questões propostas.

** Projeção
* O Canadá era a 10ª economia do mundo, com um PIB de 1 653 bilhões de dólares. O PIB da África do Sul era de 349 bilhões de dólares.

Fonte: elaborado com base em THE WORLD BANK. World Development Indicators 2017. Washington, D.C., 2018. Disponível em: <http://wdi.worldbank.org/tables>; GOLDMAN SACHS. Dreaming with BRICs: the Path to 2050. Global Economics, New York, n. 99, p. 4, 1o out. 2003. Disponível em: <www.goldmansachs.com/our-thinking/archive/archive-pdfs/brics-dream.pdf>. Acessos em: 9 ago. 2018.

*O crescimento do PIB da África do Sul no período foi de 2,9%, mesma taxa do Brasil

Fonte: Elaborado com base em THE WORLD BANK. World Development Indicators 2017. Washington, D.C., 2018. Disponível em: <http://wdi.worldbank.org/tables>. Acesso em: 24 jul. 2018

9. Quais são as duas maiores economias em 2017, segundo o Banco Mundial?

10. Quais deverão ser as duas maiores economias em 2050, segundo a projeção do Banco Goldman Sachs? Qual é a posição do Japão e da Alemanha nos dois casos?

11. O que vocês concluem sobre o crescimento dos países do grupo BRICS entre 2000 e 2017?

Relações econômicas do Brasil com Estados Unidos e China

As relações entre as maiores economias mundiais afetam diretamente o Brasil, pois Estados Unidos e China são os maiores parceiros comerciais do país. O Brasil mantém uma balança comercial favorável com a China. Entretanto, a maior parte das exportações brasileiras destinadas ao grande mercado chinês são commodities, entre os quais estão carne, açúcar, ferro e, principalmente, soja. Em contrapartida, o Brasil importa desse parceiro comercial, sobretudo, produtos industrializados, que possuem maior valor agregado. Com a China, portanto, o Brasil reproduz sua tradicional e desvantajosa participação na Divisão Internacional do Trabalho, cujas origens remontam ao período colonial.

Na charge lê-se “uma breve história da relação Estados Unidos-China”. Destaca-se que, atualmente, apesar das tensões econômicas entre esses países, há uma interdependência econômica significativa entre ambos, da década de 1960 até os dias atuais.

Com os Estados Unidos, as exportações brasileiras geram aproximadamente metade da riqueza pelas exportações para a China, mas os produtos exportados são mais sofisticados do ponto de vista técnico. Entre eles se destacam as exportações de aviões, além de produtos semimanufaturados de aço e alumínio. Soma-se a elas a exportação de petróleo bruto. A relação com os Estados Unidos coloca o Brasil na posição de país industrializado, contribuindo para uma inserção menos desvantajosa no intercâmbio internacional.

Todos os anos, o Brasil exporta uma grande quantidade de soja para muitos países, dentro os quais o principal comprador é a China. Na foto, soja sendo carregada em navio no porto de Santos (SP), 2015.

Disponível em: https://agazetanews.com.br/noticia/rural/161135/china-compra-mais-5-cargos-de-soja-do-brasil Acesso em: 01 de jun de 2021.

As tensões comerciais entre Estados Unidos e China, que marcaram o ano de 2018, exemplificam que as relações entre esses países também afetam o Brasil. Em um contexto de disputas comerciais, com diminuição das exportações entre Estados Unidos e China, o Brasil pode ampliar suas exportações para esses países, o que constitui um cenário otimista. Por outro lado, é provável que se efetive um cenário pessimista, com graves prejuízos econômicos para o Brasil. Nele há possibilidade de que as disputas comerciais entre os gigantes culminem na queda dos preços das commodities e na desaceleração do crescimento econômico chinês. A isso se soma o risco de que os Estados Unidos aumentem taxas de impostos sobre os produtos importados do Brasil.

Com base no texto anterior, responda:

12. Na sua opinião, é importante que o Brasil mantenha relações econômicas com os Estados Unidos e com a China?

13. Quais as fragilidades da inserção do Brasil na Divisão Internacional do Trabalho? Como é possível superá-las?

Leia o texto e responda às perguntas a seguir.

Disputa comercial entre China e EUA pode afetar emprego e renda no Brasil, diz ministro

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, disse […] que a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos pode causar efeitos “nefastos” para o comércio global, resultado em perda de emprego e renda, inclusive para o Brasil.

[…]

Após repetidas ameaças do presidente Donald Trump, a guerra comercial com a China se concretizou. Os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas de milhões de dólares a vários produtos chineses, provocando represália imediata de Pequim, que denunciou “a maior guerra comercial da história econômica”. No começo de julho [de 2018] entraram em vigor as sobretaxas punitivas decididas pelo presidente americano, sobre um total de US$ 50 bilhões de importações chinesas, que incluem automóveis, discos rígidos e componentes de aviões.

A China reagiu de imediato e disse ser “obrigada a tomar as contramedidas necessárias” para “defender os interesses fundamentais do país e de sua população”, conforme nota divulgada pelo Ministério chinês do Comércio.

FOLHA de S.Paulo. Disputa comercial entre China e EUA pode afetar emprego e renda no Brasil, diz ministro, 15 ago. 2018. Disponível em: Acesso em: 25 out. 2018

14. Qual é a avaliação do ministro brasileiro sobre as disputas entre EUA e China?

15. Quais foram as ações dos EUA contra a China, na chamada Guerra Comercial?

16. Como o governo chinês reagiu?

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