A construção altera a paisagem costeira. O crescimento das cidades e da infraestrutura, devido ao turismo ou à própria expansão populacional, aumenta a quantidade de resíduos urbanos, que muitas vezes são lançados ao mar sem tratamento, contaminando-o.
Para aumentar o turismo, muitas praias são “recuperadas”, ou seja, ganham areia nova. A areia é tratada, às vezes, com branqueadores para melhorar seu aspecto e, com isso, surgem verdadeiras praias artificiais. Também são construídos diques e quebra-ondas nos portos, que evitam a chegada de ondas fortes nas áreas que precisam de proteção. Essas barreiras afetam de tal maneira a deposição de areia, que as praias naturais podem desaparecer. Além disso, as âncoras dos barcos esportivos e a prática descontrolada do mergulho afetam os fundos marinhos, destruindo recifes e a vegetação submarina.
Mangues e alagadiços costeiros são drenados para a expansão de lavouras, moradias e instalação de infraestrutura. Essas áreas úmidas servem de refúgio para uma vasta biodiversidade, que corre o risco de se perder, talvez, definitivamente. O resultado é que espécies nativas se extinguem ou vão para outros lugares.