Conto popular – 2ª SEMANA de Língua Portuguesa – 8° Ano - 12/08/2020

Bem vindos para mais uma aula pessoal!

I- OBJETO DE CONHECIMENTO: Conto popular

II – ATIVIDADES

 

          ESOPO

 

       Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar da antiga Grécia. Certo dia, em que seu patrão conversava com outro companheiro sobre os males e as virtudes do mundo, Esopo foi chamado a dar a sua opinião sobre o assunto, ao que respondeu seguramente:

  — Tenho a mais absoluta certeza de que a maior virtude da Terra está á venda no mercado.

  — Como? – perguntou o amo, surpreso – Tens certeza do que estás falando? Como podes afirmar tal coisa?

  — Não só afirmo, como, se meu amo permitir, irei até lá e trarei a maior virtude da Terra.

     Com a devida autorização do amo, saiu Esopo e, dali a alguns minutos, voltou carregando um pequeno embrulho. Ao abrir o pacote, o velho chefe encontrou vários pedaços de língua e, enfurecido, deu ao escravo uma chance para se explicar.

  — Meu amo, não vos enganei – retrucou Esopo — A língua é, realmente, a maior das virtudes. Com ela podemos consolar, ensinar, esclarecer, aliviar e conduzir. Pela língua os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos. Acaso podeis negar essas verdades, meu amo?

  — Boa, meu caro – retrucou o amo – Já que és desembaraçado, que tal trazer-me agora o pior vício do mundo?

  — É perfeitamente possível, senhor. E com nova autorização de meu amo, irei novamente ao mercado e de lá trarei o pior vício de toda Terra.

    Concedida a permissão, Esopo saiu novamente e dali a minutos voltava com outro pacote, semelhante ao primeiro. Ao abri-lo, o amo encontrou novamente pedaços de língua. Desapontado, interrogou o escravo e obteve dele surpreendente resposta:

  — Por que vos admirais de minha escolha? Do mesmo modo que a língua, bem utilizada, se converte numa sublime virtude, quando relegada a planos inferiores, se transforma no pior dos vícios. Através dela tecem-se as intrigas e as violências verbais.               Através dela, as verdades mais santas, por ela mesma ensinadas, podem ser corrompidas e apresentadas como anedotas vulgares e sem sentido. Através da língua, estabelecem-se as discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social. Acaso podeis refutar o que digo? – indagou Esopo.

      Impressionado com a inteligência invulgar do serviçal, o senhor calou-se, comovido, e, no mesmo instante, reconhecendo o disparate que era ter um homem tão sábio como escravo, deu-lhe a liberdade.

     Esopo aceitou a libertação e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da Antiguidade, cujas histórias até hoje se espalham por todo o mundo.

(Autor desconhecido)

Disponível em: http://odemartins.blogspot.com/2014/05/interpretacao-de-texto-8-ano.htmlAcesso em 06 de jul de 2020.

1)Quem são os protagonistas deste conto?

 

2) O trecho “indagou Esopo” pode ser escrita, mantendo-se o mesmo sentido, como:

 

a) ( ) respondeu Esopo;

b) ( ) percebeu Esopo;

c) ( ) perguntou Esopo;

d) ( ) assegurou Esopo;

 

3) Segundo o texto, a língua tanto serve para as virtudes quanto para os vícios do mundo.

Como exemplo de virtude e vício, respectivamente, podem-se citar

 

a) ( ) ensinamentos filosóficos e conceitos religiosos.

b) ( ) discussões infrutíferas e obras literárias.

c) ( ) rede de intrigas e desentendimentos.

d) ( ) ensinamento das verdades santas e criação de anedotas vulgares.

 

4) Dê o significado do adjetivo invulgar, no trecho “impressionado com a inteligência invulgar do serviçal…”

 

5- Enumere a segunda coluna de acordo com a primeira:

(A) Personagens principais

(B) Local onde aconteceram os fatos

(C) Desfecho

(D) Narrador observador

 

(  ) Esopo era um escravo de rara inteligência que servia à casa de um conhecido chefe militar.

(  ) O chefe militar e o escravo.

(  ) Antiga Grécia.

(  ) Esopo foi a libertado e tornou-se, mais tarde, um contador de fábulas muito conhecido da Antiguidade

 

 

6) Marque com (V) ou (F), as sentenças que afirmam as virtudes ou os males da língua, de acordo com o texto.

 

a) (  ) A língua mal utilizada não é capaz de produzir nada de ruim entre as pessoas.

b) ( ) Quando a língua  é mal utilizada, provoca intrigas e violências verbais no meio social.

c) ( ) Através da língua de forma positiva, os ensinos dos filósofos são divulgados, os conceitos religiosos são espalhados, as obras dos poetas se tornam conhecidas de todos.

d) ( ) A língua bem utilizada estabelece discussões infrutíferas, os desentendimentos prolongados e as confusões populares que levam ao desequilíbrio social.

 

7) Em “por ela mesma ensinadas…”, a palavra destacada está no feminino plural em concordância com

 

a) ( ) violências.

b) ( ) anedotas.

c) ( ) verdades.

d) ( ) discussões.

 

8) Em “Ao abri-lo”, o pronome foi usado para substituir

 

a) ( ) pacote.

b) ( ) amo.

c) ( ) primeiro.

d) ( ) Esopo.

 

9) O sentido de negação, em determinadas palavras, é dado por prefixos, como em

 

a) ( ) impressionado e intrigas.

b) ( ) infrutíferas e desentendimentos.

c) ( ) desapontado e inteligência.

d) ( ) interrogou e ensinadas.

 

10) Qual foi o motivo que levou à libertação do escravo Esopo ?

 

Praticando a produção escrita

 

         O início da história já está pronto, escolha um deles e dê continuação ao conto. Siga as orientações sugeridas:

    *Narrativa curta.

    *Poucos personagens.

    *Há um conflito que modifica a situação inicial da história. No final, esse conflito é resolvido. Algumas vezes essa resolução é mágica.

    *O conflito, situação que provoca o desenvolvimento da história, em geral significa um desafio para as personagens.

    *O narrador pode participar da história como personagem (narrativa em primeira pessoa / narrador-personagem) ou contar os fatos (narrativa em terceira pessoa / narrador-observador).

 

        A onça 

       Um dia, cansada de ser enganada pelo macaco, tive uma grande ideia. 

       No final da tarde, fui até a beira do único riacho da floresta e chamei a jararaca. Contei a ela que o macaco estava proibido de beber água naquele lugar. 

      Eu tinha certeza de que ele não aguentaria e, no outro dia, bem cedinho, apareceria por lá. Deitei-me à beira do riacho e esperei. 

 

      O macaco 

      A onça pensa que um dia vai conseguir me pegar!        Coitada! Ela tem força, mas eu sou muito esperto. 

      Certo dia a onça espalhou pela floresta a notícia de que eu não poderia beber água no riacho. Não me apavorei. Mas, no dia seguinte, a sede aumentou e eu tinha que pensar em um jeito de despistar aquele bicho de pintas pretas… 

     Do alto da árvore eu vi uma formiguinha carregando uma folha e então pensei: por que não me disfarçar de bicho-folha?

Por hoje é só pessoal, lembrem-se: fiquem em casa e lave bem as mãos!


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